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Feira em São Paulo conecta empreendedores da cerveja

Edição 2019 da Brasil Brau, de 28 a 30 de maio, terá espaço para profissionais autônomos oferecerem serviços para donos de microcervejarias; gigantes como Ambev apostam no mercado dos pequenos

Por Letícia Ginak
Atualização:

Há 30 anos promovendo em São Paulo dias de discussão, networking e apresentação de novidades sobre o universo da fabricação de cervejas (principalmente em relação a maquinários e insumos), a feira bienal Brasil Brau reunirá, de 28 a 30 de maio, 100 expositores de tecnologia, produtos e serviços para quem quer ou já empreende no mercado cervejeiro

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Como iniciativa para trazer frescor para a feira e atrair novos públicos, a edição 2019 conta pela primeira vez com o espaço Alameda de Serviços, com estandes de 6 m² para aproximar prestadores de serviços e profissionais liberais dos empreendedores do segmento, tanto para a formação de networking como para possíveis acordos comerciais.

Leia mais:: Cervejarias urbanas dão escala de consumo a pequenos negócios:: Feiras em praças e museus funcionam como marketplace a céu aberto

“Serão como balcões de atendimento em que profissionais de diferentes áreas e perfis, como marketing e comunicação, manutenção, contabilidade e advocacia, apresentarão seus serviços para as cervejarias. É uma oportunidade de trazer esse profissional para a feira”, conta Luana Cloper, diretora de negócios da Brasil Brau.

Outra novidade é a presença de fornecedores de transporte refrigerado, demanda cada vez maior no mercado devido ao crescimento da produção de cervejas não pasteurizadas. A dificuldade foi encontrar fornecedores de barris próprios para o envelhecimento da bebida, outra demanda crescente entre os fabricantes das artesanais. 

Sobre o desenvolvimento do mercado brasileiro, Luana acredita que há dois pontos de destaque nesta trajetória. “Os equipamentos 100% nacionais estão respondendo muito bem à demanda dos cervejeiros. Com as mudanças na economia, comprar maquinário internacional fica cada vez mais difícil e o nosso está muito desenvolvido. As lacunas são a profissionalização da distribuição e a falta de empresas de marketing e comunicação olhando para as PMEs do setor. Sabemos que não basta ter só o produto, ele precisa chegar ao mercado e ser comunicado”, afirma ela.

Luana Cloper, diretora de negócios da Brasil Brau. Foto: Lucas Cilento

Além da feira de negócio, a Brasil Brau também abriga um congresso, que traz especialistas nacionais e internacionais para discutir e mostrar novidades no mercado em relação à fabricação de cervejas e à gestão de uma microcervejaria. É o caso da palestra Gestão de Custos para Cervejaria, no dia 30, que irá mostrar como o pequeno deve estabelecer os custos e precificar seu produto.

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A Brasil Brau será realizada no São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes. A credencial custa R$ 120 para cada um dos três dias de evento. Mais informações no site do evento

Ambev e Heineken miram mercado das pequenas

O momento em que as grandes empresas passam a pleitear espaço em meio às pequenas é um termômetro para indicar que tal mercado tem potencial de crescimento. No universo das microcervejarias, dois anúncios recentes movimentaram o setor. No início do mês, a Heineken fechou parceria com o Instituto da Cerveja Brasil, escola de formação de sommeliers e mestres-cervejeiros. 

A empresa vai investir R$ 15 milhões no instituto para ampliar o número de cursos e treinamentos em todo o País, visando diferentes públicos e a disseminação do conhecimento da cultura cervejeira para aumentar o consumo da bebida.

Ambev irá abrir as instalações da fábrica da Bohemia, em Petrópolis (RJ), para a fabricação de rótulos criados pelas chamadas cervejarias ciganas, marcas que produzem receitas em fábricas terceirizadas. Foto: Bohemia

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Já nesta semana, a Ambev divulgou que vai abrir as instalações da fábrica da Bohemia, em Petrópolis (RJ), para a fabricação de rótulos criados pelas chamadas cervejarias ciganas, marcas que produzem receitas em fábricas terceirizadas.

A ideia da gigante não é cobrar pelo aluguel do maquinário ou do espaço, mas por distribuição do produto no País, suporte com embalagens e consultoria que envolve participação em eventos relevantes do mercado cervejeiro, com custos estudados caso a caso.

Segundo a Ambev, a pequena carioca Motim será a primeira a produzir na fábrica, com lote inicial de 6 mil litros. Os ciganos interessados devem escrever para portasabertas@ambev.com.br.

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