PUBLICIDADE

Publicidade

Confiança da pequena empresa atinge maior nível desde 2013, diz Sebrae

Setor de serviços é o mais otimista para contratar, segundo Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas, em parceria com a FGV; no comércio, material de construção puxa dados

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

A expectativa de melhora nos negócios aumenta conforme mais pessoas são vacinadas contra a covid-19 e recursos financeiros são disponibilizados. O Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas, calculado em estudo do Sebrae com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que, em julho, o marcador cresceu 4,1 pontos e atingiu 100 pontos, o maior resultado desde dezembro de 2013, quando registrou 100,2.

PUBLICIDADE

Entre os critérios analisados pela Sondagem Econômica das MPE, ganha destaque o de emprego previsto no setor de serviços. Para os próximos três meses, 17,3% das empresas do ramo esperam aumentar o número de pessoas contratadas - um incremento de 3,2% em relação a junho. A indústria tem uma expectativa melhor, com 19,9% dos empreendedores acreditando em mais pessoal contratado, mas a evolução foi de apenas 1,4%.

Para esse setor, o nível de confiança evoluiu 4,1 pontos, chegando a 96,3, também o maior desde janeiro de 2020 (96,8 pontos). O que mais contribuiu positivamente para o resultado foram os serviços profissionais e aqueles prestados às famílias, que haviam sido mais prejudicados pela pandemia devido à necessidade de isolamento social. Com a flexibilização, eles voltam a um patamar melhor.

Por outro lado, os serviços de transporte e comunicação, que ficaram em evidências nos primeiros meses da crise, tiveram redução de 3,5 pontos e 2,4 pontos, respectivamente. Mas vale ressaltar que o segmento de transportes, na verdade, oscilam por causa da circulação de pessoas que ainda não foi totalmente estabelecida. As idas ao trabalho ou à escola, por exemplo, variam de acordo com a época e ainda não são como no período antes da pandemia.

O que mais contribuiu para aumentar a confiança do setor de serviços foi o desempenho dos trabalhos prestados às famílias. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Ao comparar o índice de confiança das MPE com o geral, que considera empresas de todos os portes, este último atingiu nível superior, com 103,3 pontos, melhor resultado desde junho de 2013. Porém, enquanto em junho o crescimento do índice geral foi de quatro pontos, neste mês foi de 2,6.

Para Carlos Melles, presidente do Sebrae, embora as MPE ainda não tenham recuperado todas as perdas causadas pela pandemia, os empresários estão recompondo suas expectativas para um novo ciclo de expansão.

"No mês de julho, melhoraram a produção, as vendas, o emprego, o crédito e foram mantidas as expectativas de continuidade da recuperação, o que pode sinalizar que o pior momento do ambiente econômico já ficou para trás. O grande desafio no curto prazo será destravar a questão das barreiras de obtenção de crédito que ainda é um grande problema, em especial, para as empresas mais novas", ele diz.

Publicidade

Otimismo do comércio e da indústria

O setor de comércio foi o que registrou o maior incremento entre os três analisados pela pesquisa (5,2 pontos) e chegou a 97 pontos, o maior nível desde setembro de 2020 (98 pontos). O resultado foi puxado, principalmente, pelos segmentos de material de construção, varejo restrito (bens de consumo), veículos, motos e peças.

  • Quer debater assuntos de Carreira e Empreendedorismo? Entre para o nosso grupo no Telegram pelo link ou digite @gruposuacarreira na barra de pesquisa do aplicativo

Já o ramo da indústria de transformação segue com tendência ascendente pelo terceiro mês consecutivo. O aumento de confiança foi de 2,8 pontos e atingiu 106,7 pontos, o maior de todos os setores e desde dezembro de 2020 (112,0 pontos). Entre os segmentos analisados, o de vestuário foi o que mais exerceu impacto positivo ao avançar 35,9 pontos, chegando a 116,8 pontos.

Acesso ao crédito

O levantamento perguntou aos empreendedores a avaliação sobre o grau de exigência para acesso ao crédito por parte da empresa. Aqueles do setor industrial foram os que mais consideraram o nível alto (34,3%). Já os donos de negócios do comércio foram os mais consideraram o acesso fácil (18,8%), com um aumento de cinco pontos em relação a junho deste ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.