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Opinião|Startup de gastronomia conecta pequeno produtor de alimentos e cozinheiras

Startup duLocal segue tendência já apontada pelo Fórum Econômico Mundial ao unir alimento e impacto socioambiental

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Atualização:

O engenheiro ambiental Felipe Gasko, fundador da duLocal, conta que a proposta de criar uma startup de gastronomia - focada na entrega de refeições orgânicas e baseadas em vegetais, e que trouxesse um impacto social positivo - sempre esteve no seu radar.

A startup de gastronomia com impacto social e ambiental positivos, criada por ele em 2018, funciona hoje como uma plataforma que conecta pequenos produtores locais de orgânicos a uma rede de cozinheiras empreendedoras de Paraisópolis para entregar pratos 100% vegetais, frescos e gastronômicos via delivery.

Acredito que muitos negócios de impacto social - incluindo duLocal - já apontam para um novo modelo que une alimento, geração de renda e impacto socioambiental positivo Foto: Reprodução/Instagram @duLocal

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Na prática, a duLocal ajuda o produtor a escoar a produção, oferece a oportunidade de geração de renda a cozinheiras parceiras de bairros periféricos, além de criar disponibilidade de comida orgânica e saudável para a população. O cardápio é desenvolvido por uma chef que utiliza os insumos disponíveis na estação; as cozinheiras são capacitadas e recebem visitas periódicas; os pratos são vendidos via aplicativos de delivery ou por WebApp do próprio negócio.

Unir alimento e impacto socioambiental é uma tendência que deveria se consolidar para evitar o colapso de sistemas, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. O relatório "O Futuro da Natureza e dos Negócios" aponta para a importância de repensar a forma de fazer negócios, reposicionando essa maneira à luz do respeito ao meio ambiente e à vida no planeta.

O documento - que coloca a urgência da remodelação da produção de alimentos e do uso da terra - defende que 15 transformações sistêmicas poderiam gerar até US$ 10,1 trilhões em oportunidades de negócios e criar 395 milhões de empregos até 2030. Na transformação na produção de alimentos, no uso da terra e dos oceanos, por exemplo, residem um potencial de US$ 3,6 trilhões e 191 milhões de novos empregos na próxima década.

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Diante dos impactos da pandemia, os pesquisadores Akanksha Khatri e Dominic Waughray, responsáveis pelo levantamento, afirmam que a humanidade foi confrontada com um apelo sem precedentes para mudarmos a maneira como vivemos, comemos, crescemos, trabalhamos e construímos. Acredito que muitos negócios de impacto social - incluindo duLocal - já apontam para um novo modelo que une alimento, geração de renda e impacto socioambiental positivo.

* Maure Pessanha é empreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.

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Opinião por Maure Pessanha
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