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Opinião|Inovação melhora produtividade e dá sensação de ganho de valor ao cliente

Desenvolver um produto ou serviço inovador não precisa demandar muito dinheiro ou anos de pesquisa; encontrar novos usos ao que já existe pode garantir diferencial

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Por Redação
Atualização:

Marcos Rabello, analista de negócios do Sebrae-SP

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Já dizia Chacrinha: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia". Mas o que isso tem a ver com seu negócio? Eu lhe digo: tudo. Assim como na TV, que representa um braço importante da economia criativa e movimenta bilhões só no Brasil, seu negócio também é diretamente impactado pela novidade e a réplica de novas ideias e modelos de negócios.

Não só o público da TV, mas também o seu consumidor é movido pelo novo, o desejo e a curiosidade de experimentar novas formas, novas nuances, novas tecnologias e novas experiências. E é nesse ponto que iremos nos aprofundar.

Ninguém precisa reinventar a roda, mas podemos muito bem aperfeiçoá-la, tornando-a mais eficiente e também encontrando novos usos para ela. Já pensaram se ninguém tivesse tido a ideia de utilizar madeira em vez de pedra para fabricá-las? Ou se ninguém tivesse pensado em revesti-las com uma capa de grossa borracha? E se ninguém tivesse pensado em modificá-la para colocar dentro do mecanismo que movimenta os ponteiros de seu relógio? Pois é, ainda poderíamos estar vendo as horas por um relógio de sol.

A inovação, na grande maioria das vezes, se dá por meio de incrementos e novos usos, assim como o caso da roda. É a inovação incremental, que são melhorias significativas que possibilitam novos usos a algo que já conhecemos. E quando falamos de inovação, não nos referimos apenas a produtos.

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Copiar 100% algo que já existe é fácil, mas produtos e serviços plagiados não emplacam com o cliente. Foto: Unsplash/@ameenfahmy

Vamos voltar ao caso da TV. Um novo programa televisivo acaba surgindo da adaptação e incremento de outros formatos. Eu pego um programa que já existe e sei que funciona, realizo algumas alterações que acredito que vão potencializá-lo e adapto as expectativas do meu público, dou aquela repaginada e pronto! Temos um novo programa que não é necessariamente uma cópia, mas uma melhoria.

A inovação dentro das empresas também acontece assim. Ela não precisa ser cara nem envolver anos de pesquisas e desenvolvimento. Ela tem que funcionar, melhorar a produtividade e dar aquela sensação de ganho de valor ao nosso cliente. Muitas inovações em processos acontecem sem gastar um centavo.

Outras inovações em serviços são implementadas com um investimento muito baixo, como o nosso famoso delivery. E se ninguém tivesse pensado que sua comida pronta poderia chegar até você sem precisar colocar o pé para fora de casa? Será que sem essa inovação o e-commerce teria ganhado essa força que tem hoje? Ou, melhor, será que existiria e-commerce?

E quanto custou para o primeiro restaurante preparar uma embalagem e disponibilizar alguém para atender o telefone, anotar o pedido e entregar na casa do cliente? Com certeza não foi muito, pois a maior parte da estrutura que precisava já existia.

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Voltando à velha frase do Chacrinha, a cópia pela cópia sempre irá existir. É muito mais fácil copiar 100% algo do que pensar em pontos que podem melhorá-lo e torná-lo único. Mas, assim como os programas de TV, esses modelos de negócio plagiados não emplacam. O telespectador e o consumidor sempre irão preferir o original se não enxergarem diferenças. E vemos isso com frequência dentro da própria economia criativa.

A inovação equipou todos nós com câmeras e nos conectou como nunca antes. Todos os dias, surgem diversos canais e criadores de conteúdos no Youtube, Instagram, Tik Tok e outras plataformas que ainda surgirão. Quantas dessas são realmente originais a ponto de angariar novos seguidores e se destacar nesse cenário competitivo? Poucos, não é? E as que se destacam foi por algo novo que implementou. Uma nova linguagem, um novo formato, um novo conteúdo... Então, comece a agir! Pense o novo, faça o novo e seja o novo!

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