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Web: 34 mil vagas em pequenas empresas até 2014

Falta de capacitação dos trabalhadores poderá ser o principal gargalo para o setor de comercio online

Por Luciele Velluto e Jornal da Tarde
Atualização:

 Até 2014, o setor de comércio eletrônico deverá empregar 34 mil pessoas, segundo aponta levantamento feito pela Ecommerce School, escola de formação profissional para o comércio na internet. Os postos de trabalho devem ser criados por micro e pequenas empresas que tendem a crescer nos próximos anos. Contudo, a falta de capacitação profissional poderá ser um dos principais gargalos para o setor de varejo online.

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“A previsão é que o mercado chegue a 45 mil lojas virtuais – hoje são 23 mil – e com isso, empregue mais profissionais nessa área”, explica Mauricio Salvador, sócio-diretor da escola. Do total de sites de vendas online, 30% são ativas, que realizam mais de dez operações por mês, e a expectativa é que as pequenas empresas de hoje sejam as grandes geradoras de emprego dos próximos meses.

Contudo, o segmento enfrenta dificuldades para preencher vagas por falta de mão de obra qualificada. “Há casos de postos que ficaram seis meses abertos porque não havia um único profissional com qualificação para contratar”, afirma Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da consultoria e-bit.

O estudo da escola de capacitação sobre o setor de lojas virtuais mostra que 79% dos candidatos a uma oportunidade profissional não apresentam todas as habilidades necessárias para exercerem a função. Dos contratados nos últimos seis meses, 73% foram capacitados pelo próprio contratante.

As vagas mais oferecidas são para cargos operacionais e gerenciais, como analista de métrica, operador logístico, analista de mídias sociais, entre outros. Atualmente, pelo menos 34% dos profissionais atuando nessa área têm remuneração mensal que supera os R$ 5 mil. A formação superior para o profissional atuar no segmento pode ser em informática, marketing ou comunicação social, dependendo da especialização do trabalhador.

Balanço No primeiro semestre de 2011, as empresas de comércio eletrônico faturaram R$ 8,4 bilhões, 24% a mais do que no mesmo período de 2010. O tíquete médio de compra foi de R$ 355 e foram feitos 25 milhões de pedidos. “A cada dois segundos, três produtos são vendidos na web”, afirma Umberti.Para o segundo semestre, o crescimento deve ser ainda maior. A previsão da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e da e-bit é de bater a casa dos R$ 18,7 bilhões, alta de 26% ante 2010. 

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