A gastronomia é um setor que desperta muito interesse de quem está em busca de uma oportunidade para abrir o próprio negócio. E na avaliação do coordenador do MBA de gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, Mario da Silva Oliveira, as novas empresas que pretendem entrar no mercado precisam de investimento razoavelmente alto em função da própria evolução gastronômica.
::: Saiba tudo sobre :::
Por isso, quem pretende investir em um negócio de produto único tem um desafio ainda maior pela frente. Em geral, esse item tem valor baixo, o que evidencia a necessidade de um giro alto para que o empreendimento tenha lucro. Dessa maneira, o ponto de instalação - deve ter grande fluxo de pessoas e potenciais clientes - é extremamente importante.
"Alguém aparece no mercado com um produto relativamente simples, que dá menos trabalho por ser um produto só, e faz sucesso. Muitas pessoas também enxergam a possibilidade de ganhar dinheiro e acabam entrando no mercado", afirma Oliveira.
:: Veja também ::
Churros ganham variações e redes planejam expansão
Mas como viabilizar um negócio de produto único para dar retorno o ano inteiro? A receita parece simples: criar uma estrutura enxuta e ter giro grande de clientes. "Em tese, parece muito simples, só que às vezes as pessoas desavisadas entram nesse mercado em busca de uma independência financeira, entram achando que dará certo naquele ponto e muitas vezes isso não acontece. Todo novo negócio precisa de uma boa pesquisa de mercado e, mesmo assim, sempre vai existir risco", afirma.
Evolução. O coordenador lembra, por exemplo, da evolução das cafeterias, que hoje vendem um leque de produtos para atingir um maior número de clientes e não depender de um produto único. "A gastronomia é um segmento em crescimento e em diversificação. Vão aparecer muitos produtos, muitas lojas vão fechar, muitas vão continuar", diz.