16 de março de 2015 | 07h02
O desaquecimento da economia não deixou os três empresários do varejo que vão participar do Encontro PME desanimados. Pelo contrário. Eles projetam crescimento e acreditam no potencial do negócio, mesmo diante de um ambiente muito mais difícil.
Depois de faturar R$ 7 milhões em 2014, a Men’s Market espera alçar voos bem maiores e alcançar entre R$ 15 milhões a R$ 20 milhões este ano. “O mercado como um todo vai sofrer e nessas horas muita gente se desespera. É preciso ser frio e tentar entender para onde temos que levar a empresa”, diz Pedro Prellwitz, sócio-proprietário do site, que é especializado em produtos masculinos.
Na avaliação de Prellwitz, o mercado em que ele atua é muito incipiente e pouca gente apostou nessa área nos últimos anos. No entanto, ele enxerga um ambiente competitivo no futuro. “Acredito que um grande diferencial será saber conversar com o homem, entender suas preferências. E estamos desbravando esse universo.”
Para confirmar as projeções feitas para 2015, a empresa aposta no serviço de assinaturas e planeja ainda distribuir algumas marcas exclusivas.
O fundador e CEO da empresa Beleza na Web, Alexandre Serodio, também é da ala dos otimistas. “Acho que nessa época que é hora de crescer. Tem o copo meio vazio ou meio cheio, depende de como estou olhando. Eu sou o eterno otimista e no copo cheio tem muita oportunidade”, afirma Serodio. O empreendedor planeja a abertura de uma loja conceito no meio do ano, em São Paulo. Em 2014, a empresa cresceu 60% e faturou cerca de R$ 100 milhões.
A expectativa do empreendimento, que já recebeu aportes dos fundos Tiger Global Management e Kaszek Venture, é seguir no mesmo ritmo de expansão este ano.
A rede de perfumarias Sumirê também segue confiante. “Nosso segmento não está sentindo a situação econômica do País”, afirma Wilson Minami, diretor-executivo da marca. Com 75 lojas abertas, a rede foi criada em 1982 pelo empresário Akio Koga. A opção pelo crescimento apenas com lojas próprias foi escolhida devido ao desejo de abrir unidades para cada membro da família e não existe um plano de expansão traçado. “Por ser uma empresa familiar, o ritmo de crescimento depende de cada membro, o que é muito respeitado por todos.”
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