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Todo momento é bom para empreender. Não tem data e hora, afirma Pedro Herz, da Livraria Cultura

Mas situação da economia brasileira preocupa outra grande empresária, Carla Sarni, da rede Sorridents

Por RODRIGO REZENDE
Atualização:

 Montar um negócio exige bastante empenho. Não é preciso ser gênio no assunto para entender isso, afinal, todo empreendedor sabe que essa é uma jornada cheia de desafios. E problemas. Muitas vezes, porém, o empresário simplesmente se esquece de levar em conta o atual cenário econômico.::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

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Há quem destaque esse fator como um dos principais na hora de abrir um negócio. Para outros, ele não é tão importante. É o caso de Pedro Herz, presidente do conselho administrativo da Livraria Cultura. Segundo ele, todo momento é momento para começar a empreender. 

“Não tem data e hora, não se pode parar de reinventar, ter uma boa ideia é fundamental, mas deve-se aprimorá-la sempre”, afirma. Para o empresário, é muito importante planejar, sobretudo a questão financeira. 

“Ficar devendo para bancos é quase que a crônica de uma morte anunciada”, menciona o empreendedor.

Questões básicas, porém muitas vezes negligenciadas, segundo Pedro Herz, também podem fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Honrar compromissos é uma delas. “Isso é um grande desafio, que geralmente cai no esquecimento. Compromisso parece uma palavra erradicada do nosso vocabulário”, diz o empresário.

Outro ponto-chave é a qualidade dos serviços e produtos que o empresário oferece ao consumidor. Pedro Herz conta que certa vez comprou um aparelho umidificador que fazia muito barulho. “Parecia uma moto.” Depois de quase um ano, Herz ocasionalmente voltou na loja onde comprara o produto e ficou surpreso com o que aconteceu. 

“Decidi falar do problema a um vendedor, que ficou bravo comigo pelo fato de eu nunca ter reclamado. Ele, sem me conhecer, sugeriu a troca do produto e eu aceitei.” Herz conta que não tinha mais sequer a nota fiscal do equipamento. “O vendedor achou os dados da compra no sistema e isso levou 30 segundos”, lembra.<EM>

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Essa história, segundo o empresário, mostra como é a postura da empresa diante do cliente. “Ficou claro que faz parte da prática do vendedor daquela loja atender bem e resolver a questão”, conclui o empresário.

Mas afinal de contas, será que agora é um bom momento para empreender? 

Também fizemos essa pergunta a Carla Sarni, a empresária que criou a rede de clínicas odontológicas Sorridents. Ao contrário do presidente do conselho administrativo da Livraria Cultura, a empresária está sim preocupada com o momento da economia. 

Segundo Carla Sarni, o cenário atual no Brasil não é dos melhores. “O ‘pibinho’ coloca, sim, uma interrogação”, analisa. A empreendedora menciona o desempenho da economia brasileira, que registrou alta modesta de 0,9% no Produto Interno Bruto em 2012 – o setor de serviços foi o único com algum destaque e registrou alta de 1,7% no mesmo período. 

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Dessa maneira, para Carla, a conjuntura atual exige mesmo cautela do empreendedor. “Talvez seja um momento um pouco mais difícil para o empreendimento ‘solitário’, mas com a força de uma rede pode ser mais fácil”, acrescenta Carla, que nos últimos anos ganhou destaque como empresária.

A empreendedora aponta ainda o mercado de franquias como uma boa saída em tempos difíceis. “O sistema de franchising brasileiro está a cada dia mais pujante, possibilitando aos empreendedores riscos menores e até mesmo custos mais atrativos, como no caso das microfranquias”, afirma.

Conselho. No rumo do que pode dar certo, Carla recomenda que o empreendedor mantenha o foco na administração do seu negócio. “Talvez não seja hora do pequeno e médio alçar outro empreendimento que não seja aquele no qual já atua”, orienta. 

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