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'Tem de errar rápido para corrigir na hora', diz criador da Bio Ritmo

De acordo com Paulo Akiau e Edgard Corona, mercado exige investimentos constates do interessado

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Por Redação
Atualização:

Já uma tradição que acompanha todas as edições do Encontro PME, o último módulo do evento dá espaço para que empreendedores estabelecidos e consolidados, tidos como referências em suas áreas, dividam com a plateia e com os demais participantes sua trajetória empresarial. Desta vez, Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo e Smart Fit, e Paulo Akiau, da Tribes Company –, que detém a marca Body Systems – foram convidados. Em comum, os dois cuidam de negócios maduros e, mesmo assim, estão envolvidos com projetos significativos de expansão em busca de novos nichos no segmento.

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Para além de uma simples coincidência, eles defendem que essa movimentação constante é crucial para permanecerem em evidência. “Neste mundo moderno, tem de errar rápido para corrigir na hora e implementar mudanças. Eu acho que o empreendedor deve ser inconformado porque a vantagem estratégica que você tem hoje é transitória”, refletiu Corona, escorado em uma rede que deve encerrar o ano com 214 unidades, 28 delas da Bio Ritmo e 186 da Smart Fit, sua investida para o mercado de baixo custo e, atualmente, tratada como a principal válvula de crescimento de seu conglomerado.

“O Brasil tinha uma característica antes que era de academias para ricos. Temos aí 3,8% da população em academias, enquanto que nos EUA são 16%. Isso (acontece) por falta de oferta adequada, com um produto de qualidade e a um preço que a população possa pagar”, observou Edgard Corona, que vê espaço para outros grupos no setor. “Temos 97% de pessoas fora das academias. Não posso me preocupar com concorrente. Eu tenho de olhar para mim e fazer o melhor para atrair um número maior de clientes.”

Paulo Akiau, por sua vez, apontou a expansão de sua Tribes Company, que nos últimos meses procura abrir novas frentes de trabalho, como um comportamento complementar ao seu principal filão, a Body Systems. Fundada há 16 anos, a empresa licencia aulas coletivas de ginásticas dentro de academias. O negócio responde por 50% do faturamento de R$ 25 milhões do grupo e tem presença em 2,5 mil academias pela América Latina, 1,3 mil apenas no Brasil.

“A diversificação foi intencional em função da leitura que a gente tem do mercado e de suas necessidades”, conta ele, que hoje comanda a Core 360º, empresa de educação em treinamentos funcionais para profissionais de educação física, e a W12, que desenvolve softwares de gestão para academias de pequeno e de médio portes. “A penetração da Body Systems e o relacionamento com os gestores do mercado permitiram identificar outras oportunidades no ramo”, afirma.

Mercado. Bastante crítico quanto ao desempenho dos demais empresários do setor, Akiau explicou porque, em sua opinião, as academias não avançam em competitividade, sobretudo na comparação com mercados mais maduros. Nos Estados Unidos, as redes operam com lotação de pelo menos um aluno por metro quadrado. No Brasil, contudo, esse índice não consegue sequer ser alcançado. “Muito empresário chega no embalo do sucesso do mercado. É o professor que deu certo e empreende sem o devido planejamento e organização, sem uma determinação muito clara de qual será o cliente. Isso vai repercutir no negócio”, disse.

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Para Corona, a localização é determinante para a academia. “Se errar no lugar, você coloca a operação em risco. O Brasil é um mercado mais nervoso e de mais risco. Você gasta US$ 1,4 mil por metro quadrado para montar uma operação como a Smart Fit. Nos EUA, gastaria US$ 700 e tem um cliente com renda três, quatro vezes maior”, contou o empresário. 

:: Dicas ::

Edgard CoronaQuem é: Um dos maiores empresários do ramo

Dica: Para ele, o mercado brasileiro é muito mais “nervoso” que nos Estados Unidos, por exemplo. Assim, o empreendedor não tem espaço para erros. “Se você errar no lugar (localização), você coloca toda a operação em risco.”

Paulo Akiau Quem é: Professor de educação física e empresário

Dica: Dono do grupo Tribes Company, que detém marcas como Body Systems, ele acredita que o despreparo gerencial de alguns empresários do ramo é responsável pela baixa penetração das academias entre os brasileiros (só 3,8% são frequentadores).

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