As vendas reais nos supermercados devem manter as taxas de crescimento semelhantes às observadas nos seis primeiros meses deste ano, na faixa dos 4,2% em relação a igual período de 2010. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os efeitos das medidas do governo para desacelerar a atividade econômica vão afetar a demanda nos supermercados na segunda parte do ano, especialmente de itens de maior valor agregado.
De acordo com a Abras, a venda de itens da cesta básica continuará sendo impulsionada ao longo do ano pelo aumento da renda e do emprego, mesmo que num ritmo menor do que o observado no ano passado. Segundo a associação, a segunda parte do ano apresenta melhor desempenho de vendas, no entanto, a forte base de comparação com os resultados de 2010 podelimitar o avanço porcentual do faturamento dos supermercados.
A redução nos preços é outro fator que pode contribuir para a manutenção do crescimento das vendas. Segundo levantamento de preços da Abras, com 35 produtos considerados de largo consumo, como alimentos, limpeza e beleza, medido pela GfK, os preços dos itens acumulam queda de 2,55% entre janeiro e junho.