
05 de setembro de 2013 | 10h20
Muito se fala sobre as novas técnicas de gestão e os desafios de captação de receita necessárias para colocar de pé um empreendimento na internet. No entanto, na avaliação de quem comanda negócios de relativo sucesso no segmento, a prática tende a ser mais simples do que a teoria. Segundo empresários do ramo, o segredo do sucesso na venda online é o mesmo que há anos consagra modelos tradicionais de comércio: a atenção ao cliente, a busca pela inovação e o cuidado em oferecer uma experiência de compra agradável.
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Esse, pelo menos, foi o mote que permeou o primeiro dos quatro ciclos de debates do Encontro Estadão PME, evento que acontece nesta quinta-feira, 5, em São Paulo. Inteiramente dedicado ao varejo online, o Encontro reuniu no módulo de abertura fundadores de lojas virtuais que chamam a atenção do mercado pelo desempenho de vendas e captação de investidores. São empreendedores como Rogério Salume, do e-commerce de vinhos Wine, Adam Burgh, da Baby.com.br, loja de artigos infantis, o veterinário Marcio Walman, dono do pet shop virtual Pet Love, e Jonathan Assayag, que vende óculos pela rede na loja Lema 21.
Rogério Salume, da Wine, foi direto ao ponto: "(Para fazer sucesso,) tem de fazer o feijão com o arroz no e-commerce, que é prestar atenção no cliente, na inovação e na experiência". A opinião do empresário contou com o apoio de Marcio Waldman, da Pet Love. O veterinário, que fechou uma clínica com pet shop para investir na internet em 1999, conta que prestar atenção no consumidor é condição fundamental de quem pretende atuar no canal. "Tem de ter boa tecnologia, bom gerenciamento e um serviço de logística excelente", ressalta.
Nesse sentido, Jonatthan Assayag reforça a busca por diferencias da área. Para ele, o dono de e-commerce tem de mostrar que sua proposta faz sentido para o cliente tanto no que diz respeito ao produto comercializado, quanto no serviço oferecido.
Nesse sentido, Assayag dá como exemplo o desafio da Lema 21, que comercializa um produto que, em tese, necessita ser experimentado pelo cliente antes da definição da compra. "(Meu produto) é a quarta fronteira da internet. O cliente primeiro começou comprando sapatos, roupas, e hoje compra sofá sem se sentar nele antes. É uma evolução no serviço essa venda de óculos pela internet", explica o empresário.
Já Adam Burgh, da baby.com.br, revela que a empresa investe em um sistema de inteligência e monitoramento das compras. Com essa tecnologia, a loja procura se adiantar às necessidades de cada cliente. "Estamos sempre coletando os dados para identificar o perfil da mamãe e a idade do bebê. Se a mãe está comprando uma fralda 'G', conseguimos saber que a próxima compra é uma cadeira de alimentação", conta.
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