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Startup carioca espalha ninhos de leitura por São Paulo

Dupla de empreendedoras está à frente de projeto que já foi implementado no Rio e em Fortaleza

Por Vivian Codogno
Atualização:

Os olhares mais atentos provavelmente já perceberam que algumas regiões da zona sul e do centro de São Paulo têm recebido nas últimas duas semanas pequenos 'ninhos' habitados por livros. São casinhas de madeira que protegem obras de literatura e a intenção é que elas sejam trocados entre os frequentadores dessas regiões da cidade de forma gratuita e colaborativa.

Por trás dessa iniciativa está a startup carioca Satrápia, em parceria com a livraria Saraiva, em um projeto que já foi implementado em 23 pontos do Rio de Janeiro e em Fortaleza. Há três anos, a empresa de Myrtes Mattos e Renata Tasca faz uma peregrinação por potenciais patrocinadores de propostas de melhorias em espaços que podem ser explorados pela população. Assim, elas integram um movimento crescente de jovens empreendedores que aliam o trabalho que desenvolvem a questões sociais. 

Myrtes Mattos e Renata Tasca Foto: Fabio Motta/Estadão

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Juntas, a dupla já espalhou pelo Rio de Janeiro, além dos ninhos, parklets pela zona sul da cidade e revitalizaram praças antes abandonadas, sempre com a chancela de empresas patrocinadoras. Com esse trabalho a dupla faturou, só no ano passado, R$ 400 mil e pretende, animada com o resultado, incrementar em 20% o desempenho da empresa neste ano.

"Há tres anos tentamos mostrar para a iniciativa privada que é preciso transformar a vida do seu consumidor. Hoje estamos vendo o retorno disso", comemora Myrtes.  Em parceria com Renata, ela elabora e oferece pessoalmente projetos de melhorias a marcas que tenham alguma reação com a proposta, como é o caso da Saraiva e os ninhos de leitura. Sobre os custos de implementação da estrutura, cobram um percentual de 20%.

Trâmites. As intervenções da Satrápia precisam, porém, passar pela aprovação das subprefeituras das regiões onde serão instaladas, burocracia com a qual a empresária garante lidar bem. “O espaço público não é de alguém, é de todos. Para ideias inovadoras, há uma grande diferença entre custo e valor. Para as empresas, compensa muito mais trabalhar para a cidade, traz um valor agregado muito maior. É a experiência”, pontua a empresária.

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