Startup brasileira fatura R$ 10 milhões apenas com o desenvolvimento de aplicativos

I.ndigo tem clientes como o Partido Democrata, do presidente Barack Obama, AT&T e Harley Davidson

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Por Redação
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Na teoria, o mercado de aplicativos desponta como o paraíso da nova economia, com dinheiro farto e abundante. Na prática, a história é outra. Das muitas startups da área, poucas são as que conseguem sobreviver, e mesmo assim, às custas de muito aperto e criatividade.

::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + :: Essa, no entanto, não é exatamente a realidade de quatro jovens empresários da área, donos da I.ndigo. Há quatro anos, eles decidiram empreender sem dinheiro no bolso, mas com experiência em tecnologia e algum trânsito junto à grandes empresas, viabilizado pelos relacionamentos de um dos sócios, que é norte-americano. Quatro anos depois, eles anunciam um faturamento de R$ 10 milhões em 2012, com plano de chegar a R$ 20 milhões neste ano e, no portfólio, trabalhos para Barack Obama, a gigante americana de telefonia AT&T e a rede de televisão NBC, também dos Estados Unidos. "A gente nunca teve a ambição de alcançar o Google como tamanho de empresa. Mas queremos ser a principal empresa de tecnologia em mobilidade do mundo", destaca Danilo Toledo, um dos sócios da empresa, que conta que o segredo do negócio consiste em uma nova abordagem adotada para o negócio. "A gente passou a encarar os aplicativos não como um produto, mas como uma nova mídia, um novo canal de comunicação para as empresas se venderem mais. E assim, a gente conseguiu uma abordagem muito mais favorável do que lançar um produto virgem no mercado", explica Toledo. Foi dessa forma que, com o auxílio do sócio John Tomizuka (ex-funcionário da empresa Spring Wireless, de aplicações móveis), eles conseguiram fechar um contrato para o fornecimento de um aplicativo à AT&T, em 2009. Seria o primeiro de uma série de serviços, incluindo o app que transmitiu o casamento de Kate Middleton com o príncipe William, da família real britânica, para 500 mil smartphone nos Estados Unidos. "Esse foi um trabalho que a gente não tinha noção do alcance. Mas conquistamos muita visibilidade e preparou o terreno para nossos trabalhos futuros também grandes", conta Renato Tano. Ele se refere ao aplicativo lançado em janeiro deste ano, que transmitiu a cerimônia de posse do presidente americano Barack Obama. A encomenda foi feita aos jovens diretamente do Partido Democrata. "Hoje temos 50% de nossos contratos com empresas nacionais e 50% com empresas de fora", diz Tano, que ainda conta com clientes como McDonald’s, Natura e Harley Davidson.

 
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