
26 de janeiro de 2015 | 07h17
Quando seu pai foi diagnosticado com câncer de pulmão, Ronald Brus deveria ter sido a última pessoa a se sentir impotente. Ele é médico e um executivo de longa data na indústria farmacêutica e de biotecnologia da Europa.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
:: Twitter ::
:: Facebook ::
:: Google + ::
Embora tenha conseguido informações sobre um medicamento experimental promissor para tratar a doença, depois de seis meses ele ainda não tinha recebido o aval legal para seu pai receber o tratamento porque os reguladores ainda não tinham aprovado para venda. Quando a aprovação veio, já era tarde: seu pai morreu na Holanda pouco depois.
Foi a partir deste episódio que Brus viu uma oportunidade de criar uma startup cujo serviço fosse acelerar o processo legal para que pacientes terminais tivessem acesso a drogas experimentais. Assim, criou a myTomorrows, que atua hoje por países da Europa e na Turquia.
A empresa funciona negociando diretamente com os desenvolvedores de drogas para o acesso a tratamentos promissores, agilizando a emissão de documentos e, mais tarde, enviar dados ao paciente sobre o uso do remédio.
"Pode levar 15 anos para uma droga ser aprovada, mas talvez depois de oito anos, é muito boa a evidência de que a droga funciona ou não funciona", diz Brus. "Nós acreditamos que é antiético não dar estes remédios aos pacientes", completou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.