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Sorveteria artesanal aposta em crescimento e na máxima 'não vou viajar, mas vou tomar sorvete'

Frida & Mina produz 700 litros de sorvete por semana e faz sucesso com casquinha feita na casa

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Na sorveteria Frida & Mina, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, tudo é feito no local. Nada de pós e bases prontas para sorvete. O processo artesanal agrada a clientela com destaque para a casquinha feita na casa. Criado em agosto de 2013 pelo casal Fernanda Bastos e Thomas Zander, o negócio deve ter um ano de 2015 de amadurecimento e crescimento com cautela, com resistência ao modelo de expansão por franquias, apesar do assédio constante.

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A ideia de abrir o próprio negócio partiu de Zander. Com formação em design gráfico, ele trabalhou 12 anos em agência de publicidade. "Passou 12 anos, você olha para sua vida e não sabe se é isso que quer continuar fazendo no futuro. Tivemos uma filha e começamos a repensar um pouco a vida", relata.

Como Zander estava cansado de trabalhar com publicidade, a opção de empreender pareceu ser a melhor escolha. "Foi um pouco de ir atrás de um sonho antigo de mexer com comida", diz. A pesquisa levou até ao mercado de sorvetes e despertou o interesse do casal. "A gente conseguiu fazer uma coisa que é nossa. Não inventamos o método de fazer sorvete, que é um método que já existe, mas a gente desenvolveu todos os nossos sabores. Pegamos uma coisa que já existe e demos a nossa cara", completa.

Até a abertura da sorveteria em 2013, se passaram quase dois anos entre estudo, pesquisa e formatação do negócio, que prioriza matéria-prima orgânica e nacional e exigiu investimento de pouco mais de R$ 400 mil. Para Zander, 2015 será um ano de amadurecimento. "Aprendemos bastante nesse processo, mas a gente é bem comedido com crescimento. Queremos crescer sim, mas não a qualquer custo e atropeladamente."

O desafio do casal é encontrar uma maneira de crescer sem ampliar "absurdamente" a estrutura. "Queremos começar a fazer eventos, mas sem criar outra unidade de produção", destaca. O assédio para a abertura de novas unidades é grande. Toda semana aparece alguém interessado em investir no modelo. Até pelo modelo de produção, é muito difícil ter muitas unidades. É um processo muito manual", explica Zander.

Com o método artesanal, a sorveteria produz 700 litros de sorvete por semana - o sabor crocante de macadâmia é o campeão de vendas. Em um sábado movimentado, o negócio chega a vender 800 casquinhas.

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Apesar das previsões macroeconômicas para 2015, Zander está otimista e espera um crescimento de 30%. "Nosso negócio tem uma particularidade interessante, é um pequeno luxo. Nosso tíquete é baixo, relativamente barato. Quando fomos abrir, vimos que nos Estados Unidos, em época da crise, mesmo com um poder aquisitivo menor, as pessoas se permitiam pequenos luxos: não vou viajar, mas vou tomar sorvete. Estamos nessa categoria", diz. 

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