Snacks saudáveis são a aposta de clubes de assinatura; conheça cinco negócios

Best Berry, Massau, Made in Natural, Farofa.la e Hisnëk disputam consumidor em busca de opções saudáveis

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Nada de bolacha recheada, biscoito água e sal ou um chocolate. O lanche entre as refeições aderiu ao conceito saudável e ganhou opções como palitinhos de parmesão com chia e frutas desidratadas. De olho na tendências de alimentação saudável e da busca do consumidor por comodidade e praticidade, cinco empresas apostam no serviço de assinatura para vender snacks.

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Best Berry, Made in Natural, Farofa.la e Massau vendem os snacks com as suas marcas. Já a Hisnëk optou por enviar produtos de empresas já existentes no mercado.

Confira a história de cada empresa, os modelos de negócios e as estratégias de cada um para crescer e vencer a concorrência que já está acirrada.

:: Best Berry ::

 

Sócios: Alberto Sasaki, Marcelo Kobayashi e Roberto LifschitzPreço: três planos que custam de R$ 64,90 a R$ 110 - com 10 a 20 snacks - Frete grátis para o Estado de São Paulo

História: A inspiração para criar o negócio surgiu da dificuldade da mulher de Alberto Sasaki, Inessa, de encontrar comidas saudáveis e práticas. "Ela estava treinando para a maratona da Muralha da China e via a dificuldade dela. Sempre gostei de tecnologia e olhei uma oportunidade", conta Sasaki, que deixou a carreira em um banco de investimento para tocar o negócio.

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Criado em setembro de 2014, o Best Berry trabalha com produtos de marca própria. "Nós desenvolvemos as receitas e temos controle total da experiência de compra, da elaboração da receita até a entrega", destaca Sasaki. Eles também criaram um sistema que definem como um 'Netflix dos snacks', em que leva em consideração as preferências do cliente e dos outros assinantes para prever a melhor combinação. "Não queremos apenas comodidade, mas queremos transformar o modelo convencional de compra", explica.

Atualmente, o negócio tem 15 opções de snacks, mas tem 40 receitas desenvolvidas. A meta é lançar cinco receitas por mês. O negócio, atualmente, explora o canal de distribuição online, mas também enxerga uma possibilidade de crescer em outros canais. "O objetivo não é só se rum clube de snacks, mas criar uma marca que permita explorar outros canais, inclusive o varejo offline. A partir do momento que você consegue engajar o cliente com a marca, ele vai pedir outros produtos", afirma Sasaki.

 

Sócios: Leonardo Feitosa, Sergio Sayeg e Rodrigo PedroniPreço: R$ 89 por mês até o dia 15 de junho, depois R$ 97 - escolhe cinco para receber toda semana (frete grátis para cidade de São Paulo). Entrega para o Brasil deve começar nos próximos meses.

História: No dia da colação de grau de Leonardo Feitosa em economia e de Rodrigo Pedroni em administração no Insper, a dupla começou a conversar sobre como cada um estava insatisfeito no trabalho e resolveram começar a se reunir semanalmente para discutir coisas novas com a companhia de Sergio Sayeg. Surgiram todos os tipos de ideias, de lavanderia delivery a hot-dog gourmet. Mas a única que não teve divergências foi a assinaturas de snacks.

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Depois de pesquisar o mercado e criar receitas, o negócio começou a funcionar com um site amador em março e para valer há duas semanas com um investimento inicial de R$ 45 mil. A Massau também optou por produzir os snacks e estampar a marca nas embalagens. "O produto é a coisa mais importante. Antes de ser saudável, é preciso ser gostoso e ter qualidade. Não queríamos terceirizar a coisa mais importante do negócio", diz Feitosa.

Atualmente, a empresa tem 19 opções de sncaks e deve lançar uma linha light com mais dez sabores esta semana. Além do modelo de assinatura, os snacks também são vendidos em alguns pontos de venda. "É importante sempre ter novidades", diz Feitosa, que recebeu no segundo semestre de 2014 um investimento de R$ 400 mil de três investidores.

A proposta da empresa envolve a própria vivência dos sócios oriundos do mercado financeiro e e-commerce. O público-alvo não é o frequentador assíduo de academia, acostumado a comer comida saudável, mas justamente quem não come alimentos saudáveis, gosta de coisas gostosas, mas quer ter uma vida mais saudável. "É o que sentíamos falta quando estávamos trabalhando", explica Feitosa.

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Sócios: Fabio Aubin e Caio AntunesPreço: três planos que custam de R$ 59 a R$ 157 (cinco a 15 pacotes - frete incluso para as regiões Sul e Sudeste)

História: A dificuldade de encontrar opções saudáveis de snacks motivou os sócios Fabio Aubin e Caio Antunes a criar a Made in Natural, em agosto do ano passado. Com um investimento inicial de R$ 60 mil, o foco é o modelo de assinatura, mas os produtos também são vendidos em pontos de venda para divulgar a marca.   "É um mercado carente de inovação e também procuramos conectar fornecedores de todo o Brasil e levar para a mesa das pessoas. Criamos combinações novas para surpreender o assinante todo mês", conta Aubin, que já produziu mais de 50 rótulos diferentes.

Os clientes da Made in Natural têm um perfil bem variado, mas têm em comum um dia a dia corrido e uma preocupação com a alimentação saudável.

:: Farofa.la ::

 

História: O farofa.la começou como uma plataforma que juntava pessoas em torno de experiências gastronômicas, muito focada em alimentos naturais e orgânicos, em junho de 2013. Na segunda fase, o site começou a vender caixas com produtos artesanais dos anfitriões dos passeios. Mas há quase um ano, o negócio evoluiu para o modelo de assinaturas de snacks quando os sócios enxergaram um caminho para criar uma marca nova de produtos, que também são vendidos em alguns pontos de venda.

"Na visão de longo prazo, queremos fortalecer a marca e não ser só um canal de vendas. Fizemos parcerias para a produção e embalamos os produtos", diz André Melman, que não descarta vender no futuro produtos de outras marcas. Atualmente, 70% dos ingredientes dos snacks são orgânicos.

A empresa também se prepara para lançar mais um modelo de negócio: um carrinho para vender produtos em empresas para os funcionários comprarem os snacks. "A ideia é testar os carrinhos, que tipos de produtos vamos vender e fazer parcerias com empresas de suco, que exige uma logística mais complexa", conta Melman. Ao longo de um ano e meio, o negócio recebeu R$ 620 mil de investidores-anjo.

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:: Hisnëk ::

 

História: A economista Carolina Dassie Afonso sempre trabalhou no mercado financeiro, estudou na Europa e sempre teve vontade de abrir o próprio negócio. Em Londres, conheceu os clubes de assinatura que vendiam de tudo. "Fiquei com isso na minha cabeça", conta. Quando retornou ao Brasil, a economista já estava empregada, mas quando engravidou resolveu investir na vontade d empreender.

"Meu marido é maratonista, eu faço esportes e consumia muitos snacks que a maioria das pessoas não conheciam", diz Carolina, que criou a Hisnëk. Ela optou por trabalhar com produtos nacionais e importados já existentes no mercado. Fazemos uma curadoria diferenciada, que a pessoa não vai encontrar os produtos facilmente no mercado", afirma. "Temos à disposição um portfólio do mundo inteiro. Se eu produzisse, não teria toda essa diversidade", diz.

Além das assinaturas, a HisnëK trabalha com mais dois modelos. Um deles é o fornecimento de snacks para eventos corporativos e o outro é a venda de caixas como presente encomendadas por empresas. A empresa tem quase 300 assinantes e já vendeu cerca de 2 mil caixas para o mercado corporativo.

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