
13 de abril de 2014 | 08h45
No Brasil, quase uma em cada três famílias não possui conta em banco, segundo levantamento da Fundação Bill & Melinda Gates. Essa realidade endossa a crença de aceleradoras de empreendimentos de impacto social, como Artemísia, que defendem que soluções que ampliem o acesso ao sistema financeiro representam um dos negócios mais promissores no país.
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Um exemplo de como ocupar esse espaço carente em países emergentes vem do leste africano. No Quênia, um sistema da pagamento eletrônico revolucionou os negócios e serviços bancários na região. Desenvolvido pela companhia de telefonia Vodafone, o M-Pesa (M do inglês mobile, telefone celular, e Pesa de dinheiro, em suáli) foi lançado em 2007. O sistema faz com que o usuário deposite dinheiro em espécie na conta do celular, transformando o dinheiro em uma espécie de crédito que ele pode usar tanto para pagar contas quanto para adquirir produtos.
Em sete anos, o M-Pesa movimenta um terço da economia do Quênia, que tem PIB de US$ 44 bilhões. O produto já chegou em outros mercados e hoje pode ser encontrado na Índia, onde um milhão de usuários já se cadastraram, além da Tanzânia, Egito, Lesoto e Moçambique.
A última fronteira a ser conquistada pelo sistema é a Europa. A Vodafone já adquiriu as licenças para começar a operar na Romênia, de onde espera expandir para outros países, sempre com a proposta de arregimentar entre os clientes os imigrantes locais.
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