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Setor de alimentação vive momento de depuração

Em meio à crise e forte concorrência, cresce procura por entrega em casa

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Por Redação
Atualização:

O segmento vive um momento de decantação. Por ser um setor de grande concorrência, a qual tende a aumentar com a diminuição de restaurantes individuais e com o aumento de redes e franquias, apenas os mais preparados e estruturados sobreviverão durante a crise econômica vivida pelo País.

Há uma tendência do brasileiro, por questões de comodidade e trabalho, buscar uma alimentação mais prática, seja ela fora de casa ou por meio de delivery (serviços de entrega). Entretanto, isso não significa uma alimentação de má qualidade. O “comfort food”, ou alimentação caseira, bem como uma comida mais saudável, são opções que têm sido procuradas. “Inovação é voltar para o mais simples”, diz Rafael Ramos, diretor de marketing da Casa de Bolos. A franquia acredita que as pessoas querem fugir de comidas industrializadas buscando opções mais caseiras. Para ele, “nossa época é um divisor de águas entre os aventureiros e os mais estruturados.”

Para o diretor de marketing Rafael Ramos, cheiro do bolo atrai clientes Foto: Erica Ribeiro

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Marcelo Tristão, diretor de desenvolvimento do Bob’s, diz que a rede realizou parcerias com diversos marketplaces e que o delivery tem aumentado a demanda pelos seus produtos. 

Camila Miglhorini, CEO da Mr. Fit, acredita que a tendência é crescer a venda por aplicativos de delivery. “As pessoas estão trabalhando mais, com menos tempo para cozinhar, e querem ser práticos e ao mesmo tempo comer de forma saudável.”

Delivery divide o segmento

Apesar de a tendência de serviços de entrega (delivery) tornar-se relevante no segmento, nem todas as franquias se utilizam destes serviços da mesma forma. Para alguns, não é interessante a venda à distância, seja por estratégia de marketing ou por questões de produto.

A franquia Casa de Bolos aposta na venda em lojas especialmente por causa do “cheiro do bolo”, afirma Rafael Ramos, diretor de marketing da rede.

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“Temos um aplicativo próprio de delivery, mas acreditamos mais na venda presencial e no retorno ao contato físico”, diz.

Outra franquia que trabalha muito presencialmente é a Mania de Churrasco. “O delivery de carne e hambúrguer exige uma atenção maior. Existe um estudo de embalagem, de como manter a temperatura e a carne macia. Nós acabamos de fazer uma série de pesquisas e vamos entrar em testes a partir de julho para expandir isso até o fim do ano”, afirma Marcelo Amarante, sócio-diretor da rede.

No Brasil, durante muito tempo, o aplicativo iFood dominou o mercado de entregas de alimentos em domícilio. A partir de 2016, começaram a surgir novos concorrentes, como o Uber Eats e Loggi.

Hoje, já é possível pedir comida por uma série de aplicativos, como o Rappi e Glovo, além dos que já foram anteriormente citados.

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