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Setor cresce nas lacunas do SUS

Negócios que oferecem consultas a preços populares estão em alta

Por Ian Gastim
Atualização:
Unidade do Docctor Med no Ipiranga, em São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

Todo mundo já teve um problema para conseguir uma consulta médica. Seja pela demora no público Sistema Único de Saúde (SUS) ou por causa dos altos valores na rede suplementar, dominada pelo planos privados de saúde. É graças a isso que as clínicas populares estão em plena expansão no segmento.

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(As redes populares) representam um mercado próspero em função dos novos modelos que estão explorando as deficiências do SUS e da saúde suplementar convencional”, diz o coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper, Paulo Furquim de Azevedo. Ele também destaca os indicadores atuais de desemprego, em alta, que provocaram uma queda no número de pessoas com planos corporativos. Para se ter uma ideia, em três anos, houve redução de 3 milhões de usuários de sistema de saúde privada, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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Nesse contexto, o mercado de franquias explora modelos como o criado pelo empresário Genílson Silveira, dono da Docctor Med. “Temos um serviço num custo que a população pode pagar”, afirma ele, se referindo a sua clínica com cerca de 30 especialidades, com foco nas classes C e D. Uma franquia da rede custa cerca de R$ 400 mil. Hoje com 48 unidades, a Docctor Med espera faturar mais de R$ 50 milhões em 2018.

Tradicional. Para além da área médica, negócios relacionados ao bem-estar, que proporcionam redução de custos, em função da especialização, também contribuíram para que o setor de saúde apresentasse nesse começo de 2018 o segundo maior faturamento no mercado de franquias. No primeiro trimestre, o nicho gerou receitas de R$ 7,01 bilhões, resultado 1,5% maior do que no mesmo período de 2017, segundo aponta a ABF.

De acordo com o Sebrae, o faturamento apenas de salões de beleza e clínicas de estética deve crescer 10% até o final de 2019, com cifras ultrapassando R$ 107 bilhões. 

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Dentro desse contexto, o grupo português Concept inaugurou operações no País em 2016. “O bem-estar auxilia no mercado profissional”, diz Nicole Barcik, supervisora de expansão do grupo, que conta com a Body Concept e Depil Concept. Segundo ela, o setor tende a se dar relativamente bem em ciclos de desemprego, pois atrai o consumidor que quer melhorar a autoestima.

Modelos populares. Clínicas com foco nas classes C e D são uma boa oportunidade de franquias. Negócios especializados de beleza, como depilação, também estão em alta. 

Alerta ligado. Negócios de saúde são dependentes de um ponto comercial de fácil acesso. Já o de beleza tem procura menor no inverno e férias

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