
01 de abril de 2015 | 07h12
Quando você está esperando para atravessar a rua, o semáforo simplesmente não sabe se você é um corredor matinal ou se é um idoso com dificuldades de locomoção. Assim como outros elementos relacionados a infraestrutura, esses sinais são baseados em padrões, e não levam em consideração outros fatores e necessidades específicas.
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Os designers britânicos Ross Atkin e Jonathan Scott, pensando nisso, criaram um sistema de dispositivos urbanos que detectam pessoas passando e se adaptam a elas. É o caso do semáforo inteligente, que prolonga o tempo de passagem do pedestre quando é necessário. E o projeto pretende evoluir para atender outras necessidades: se alguém com dificuldades na visão precisa de mais luz, um poste de luz vai iluminar de forma mais intensa, ou quando uma pessoa cega passa por um poste de luz, o elemento poderá verbalizar o nome da rua ou do estabelecimento em frente.
O sistema funciona por meio de um aplicativo que conecta o smartphone à "mobília inteligente" (semáforo, poste de luz). No sistema, é possível registrar a necessidade específica do usuário, que será identificada quando ele passar pelo local que contém o elemento capaz de alterar o funcionamento para ajudá-lo.
Atkin explica ao portal Fast Company que a ideia surgiu de uma "epifania". "Estávamos tentando projetar soluções que comportassem todas as necessidades de pessoas muito diferentes mas, no formato digital, as pessoas podem criar dispositivos e serviços que se reconfiguram em torno das necessidades de quem utiliza", reflete. Ele percebeu que o mobiliário urbano mais inteligente poderia fazer a mesma coisa.
O projeto está pronto para uso nas cidades — com alguns ajustes do software ainda em andamento — e protótipos do sistema estão sendo instalados no London's Design Museum como parte dos projetos de exposição do Designs of the Year 2015.
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