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Sebrae lança em São Paulo escola para ensinar empreendedores; aulas começam em janeiro

Convênio com governo do Estado será assinado ainda em setembro; processo seletivo ocorre em dezembro

Por Renato Jakitas
Atualização:

O Sebrae-SP vai lançar em parceria com o governo do Estado de São Paulo a primeira escola dedicada ao ensino do empreendedorismo nos níveis técnico e universitário do País. O convênio será assinado ainda em setembro e as aulas começam no início do próximo ano letivo, na última semana de janeiro.

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Os cursos serão gratuitos e a instituição contará com a chancela pedagógica do Centro Paula Souza tanto para o processo de triagem de alunos quanto para o corpo docente. O sistema de seleção já está previsto para ocorrer em outubro – quando começará a circular o manual do candidato – e dezembro, mês em que o exame será aplicado, juntamente com o vestibular para as 56 Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e com o vestibulinho para as Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).

Ao todo serão 80 vagas para dois cursos de nível universitário em 2014. Metade das oportunidades será para formação em gestão de negócios e inovação, conteúdo a ser aplicado no início do ano. As vagas restantes são para a área de tecnologia em marketing, programada para o segundo semestre.

No nível técnico serão 245 vagas para três cursos (administração, logística e marketing), além de duas turmas de ensino integral, em que o estudante cursa o ensino médio paralelamente à formação técnica.

Batizada de Escola de Negócios, a iniciativa é encarada dentro do Sebrae como a ‘cereja do bolo’ em uma rede de formação de empreendedores que deve se estender às demais 33 regiões do Estado em que a instituição mantém um escritório. Para tanto, o Sebrae promete investir até R$ 10 milhões nos próximos meses, sendo 40% desse montante a ser consumido na estruturação do ‘QG’ da operação, justamente a Escola de Negócios – um prédio de 10 mil quadrados localizado na Alameda Nothmann, região central da cidade.

“O que queremos passar (com a escola) é, além do ensinamento técnico fundamental, também o espírito do empreendedorismo. Acho que essa é a missão desse projeto”, afirma o presidente do conselho deliberativo do Sebrae-SP, Alencar Burti, mentor do projeto.

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“No que os cursos se diferenciam do Insper e da FGV? É que não se trata de um curso de administração tradicional. O currículo está sendo desenvolvido para dar uma pegada de pequeno negócio. Queremos levar o dia a dia da pequena empresa para a sala de aula”, revela Bruno Caetano, diretor-superintendente do Sebrae-SP.

A professora Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza, chama a atenção para a integração entre os cursos técnicos e tecnológicos, o que pode garantir um tempo menor de formação para o aluno. “Isso é uma novidade para a gente. Já pensava em fazer isso antes, mas precisávamos começar uma unidade nova. Se ele fizer marketing no técnico e no superior, o aluno pode ter um itinerário formativo mas ágil”, explica a professora.

Em três anos, a previsão é de que a Escola de Negócios comporte 1,5 mil alunos, sendo que dois terços deles matriculados nos cursos técnicos e um terço (por volta de 30%) estudantes dos cursos superiores.

Expansão. Um contingente extra de mil pessoas também é esperado para os cursos de especialização que serão oferecidos – de gestão financeira a recursos humanos. A iniciativa prevê também o repasse aos alunos de experiências empreendedoras da vida real. “Uma ideia que vamos tentar trazer para a escola é que grandes empresários apadrinhem turmas. Isso não acontece necessariamente com recursos, mas com palestras de tempos em tempos para trocar experiências. Essa escola vai ter mais sucesso na medida em que seja um espaço vivo de encontros”, afirma Bruno Caetano.

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