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São Paulo tem 25 negócios aptos a receber moeda

A realidade é que a maioria está ainda esperando a primeira experiência

Por Renato Jakitas
Atualização:

São Paulo conta com 25 negócios preparados para receber em bitcoins pela fatura da venda ou do serviço prestado. Mas a realidade é que, após baixar o programa que permite a transação, e se cadastrar nos sites que divulgam gratuitamente sua localização para os consumidores, a maioria está ainda esperando a primeira experiência.

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Estima-se que o volume de transações em bitcoins no Brasil alcance R$ 70 milhões em 2015, segundo dados da empresa de monitoramento Bitvalor. No entanto, uma parcela apenas ínfima dessa cifra deve ser direcionada para relações comerciais tradicionais já que, como visto, quase a totalidade da moeda no País está entesourada ou à serviço da especulação financeira.

Por isso, não surpreende o desânimo da veterinária Tatiane Faria, que há quatro anos mantém na região central da capital paulista o serviço de atendimento clínico em domicílio Home Prevet. Quando lançou o negócio, ela considerou que seria um diferencial oferecer o bitcoin como sistema de pagamento aos cliente. “A gente leu algumas matérias na época, falando do potencial do bitcoin e o webdesigner que fez o nosso site também falou das possibilidades desse modelo para o comércio em geral. Mas até agora a gente não teve nenhum resultado prático”, conta a empresária, que diz ter recebido alguns ligações curiosas sobre o tema, não muito mais do que isso.

“Eu acho que esse é um tema que não é para a gente, para o nosso negócio. Imagino que os hostels, as pousadas e os hotéis são mais adequados porque eles atendem clientes estrangeiros e é muito mais fácil efetuar pagamentos em bitcoins, que aliás não têm taxa de câmbio, do que comprar o real e fazer a aquisição”, afirma a empreendedora de São Paulo.

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Foi justamente a partir dessa mesma reflexão que Sandro Oliveira de Souza, dono do hostel Giramondo, na Vila Madalena, resolveu, no começo do ano, instalar o software gratuito para recebimento da moeda, o Bitcoin Core. “Um funcionário meu, o Arthur Cardilho, me falou sobre o sistema e a gente decidiu instalar em nosso computador”, conta Souza. “Mas até agora a gente ainda não fez nenhum negócio pelo bitcoin. Eu, no entanto, acho legal e estou confiante com o essa tecnologia”, destaca o empresário.

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Otimismo. Sócio de um estúdio de design e branding, Fabricio Bellentani é outro que se diz otimista. Ele instalou, ainda em 2013, uma carteira virtual em seu estúdio, o Modern Lovers, e até agora não estreou o serviço com seus clientes. “Acreditamos que a tecnologia ainda é muito jovem e os clientes ainda não estão familiarizados. Estamos experimentando o bitcoin em seus primeiros estágios, que podem ser comparados ao inicio da internet nos anos 90”, analisa o empresário. 

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