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Saiba como você pode usar as redes sociais para preencher a vaga que você tem com eficiência

Tendência de comunidades virtuais colaborativas chega com força ao segmento de recursos humanos

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Por Redação
Atualização:

Os sites e comunidades colaborativas são uma febre documentada na cultura da internet. A novidade do momento é que essa tendência parece chegar com força na área de recrutamento e recursos humanos.

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Motivados por candidatos conectados e assíduos em redes sociais, empresários investem em ferramentas virtuais que, para o usuário comum, analisam as condições de trabalho em companhias com vagas à preencher, e, para as empresas, oferecem soluções para reduzir os riscos de uma contratação.

O movimento é encampado pelas startups, empresas enxutas, geralmente ligadas à tecnologia e que precisam faturar alto, rapidamente e com poucos funcionários. Em suma, são empresas lideradas por profissionais jovens e que, nesse tema específico, tentam adaptar aqui no Brasil um movimento que já colhe bons frutos no exterior.

“A gente se inspira muito no site americano Glassdoor e, desde que começamos, estamos adaptando esse modelo para as particularidades do mercado brasileiro”, afirma a diretora executiva e cofundadora do Love Mondays, Luciana Caletti.

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Desde o começo do ano, a empresária trabalha na estruturação do site que permite que funcionários avaliem a empresa onde trabalham de maneira anônima. É, como ela diz, um serviço similar ao oferecido pelo Glassdoor, criado há sete anos pelo empreendedor norte-americano Rich Barton e que tem, entre seus mais de 1,4 mil clientes, empresas do porte do Walmart. Com uma equipe com mais de 200 empregados, no  passado o Glassdoor foi avaliado informalmente pelo mercado em cerca de US$ 500 milhões.

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Mas diferentemente da versão norte-americana, o Love Mondays ainda não opera uma estratégia definida de monetização. Isso quer dizer que o candidato, hoje, utiliza o serviço sem pagar nada. Mas mesmo sem faturamento, o site já atrai investidores. No início do mês, Luciana recebeu sua primeira rodada de aporte externo, de valor não informado e proveniente do fundo Kaszek Ventures.

“Esse dinheiro vai ser usado para acelerar a expansão da nossa comunidade, contratar mais profissionais. No futuro, quero oferecer serviço de seleção para as empresas”, diz Luciana, que no mês passado lançou outro serviço na plataforma, também alimentado de maneira colaborativa e que informa os salários pagos pelas principais empresas brasileiras. “A gente está com mais de 40 mil avaliações postadas e a grande maioria de nossos usuários é de jovens. Hoje, cerca de 46% dos usuários têm entre 25 e 34 anos”, conta a empresária.

Em suma, o negócio mantido pelo Love Mondays não é muito diferente do oferecido por um outro site em operação no País, o 99jobs. Criada há cerca de um ano e meio por Eduardo Migliano e Alexandre Pellaes, a startup propõe uma varredura mais apurada do candidato para sugerir empregadores que possivelmente desfrutem de maior empatia com ele.

Para tanto, a ferramenta pede que o usuário preencha um questionário de aproximadamente dez questões e solicita permissão para analisar seu perfil nas redes sociais. O conjunto de informações coletadas é transportado para um programa de algoritmos que, estatisticamente, compatibiliza o candidato com as oportunidades oferecidas pelas cerca de 1,7 mil empresas cadastradas.

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“A gente só cobra das empresas e, para elas, nosso sistema é fremium, ou seja, ela tem acesso gratuito à plataforma e paga para poder contar com alguns serviços extras, como divulgação de marketing e consultoria. Hoje temos 50 empresas pagantes e, neste ano, nosso faturamento deve bater em R$ 2 milhões”, diz Alexandre Pellaes, que tem entre seus clientes Itaú, Votorantim, Citibank, Danone e Magazine Luiza.

Na opinião do empresário, a procura observada pelo seu serviço explica-se pelas dificuldades que as agências de recrutamento convencionais têm de se adaptar à nova geração de profissionais. “No fundo, o que as empresas que nos contratam estão buscando é uma nova forma de se comunicar com o jovem, conversar num ambiente que seja mais apropriado, em que ele dê ouvido para essas empresas que são tão grandes”, explica. “Hoje em dia, muita gente acha que para fazer o que ama e para ser feliz, você não pode se render às grandes corporações. A gente tenta explicar que você pode ser feliz fazendo o que ama numa grande empresa. Assim como pode também numa pequena empresa”, diz o empresário.

Oportunidades. Por falar em pequenas empresas, a paulista Isabella Botelho, hoje radicada no Rio de Janeiro, está desde o início do ano fazendo testes para sua plataforma de recursos humanos, a Pin People. O negócio, pelo menos por hora, tem foco em atender empresas com até 350 funcionários. Seguindo a trilha de seus concorrentes nacionais, Isabella também foi buscar no exterior um modelo para o seu empreendimento. Ela se inspirou na eHarmony, empresa que nos Estados Unidos é responsável por 5% dos casamentos lá realizados.

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“A gente importou da eHarmony o modelo de questionário deles, que procura fazer um retrato da pessoa e cruzar com as opções compatíveis”, conta a empresária, que antes de iniciar o negócio trabalhou por quatro anos na Endeavor, uma organização sem fins lucrativos para empreendedores, e se programou para uma jornada de um ano e meio sem rendimentos – o prazo expira no meio do ano que vem.

“Chegamos a um questionário com 26 perguntas que aplicamos ao candidato e um com 28 perguntas para os funcionários da empresa com a vaga. Agora estamos com uma média de 20 empresas e, nesse primeiro momento, pensamos em atuar com as PMEs, mas estudamos um modelo para trabalhar com as grandes corporações um pouco mais adiante.” 

 

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