Rinconcito Peruano caiu no gosto do cliente brasileiro

Restaurante está em reforma para ampliar capacidade de 120 para 150 pessoas

PUBLICIDADE

Por Renato Jakitas
Atualização:

O restaurante comandado por Edgar Villar é um bom exemplo do que pode acontecer a um estabelecimento, originalmente criado para atender a colônia de imigrantes, que acaba descoberto pelos brasileiros.

PUBLICIDADE

::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::

Villar é proprietário do Rinconcito Peruano, uma casa lançada há nove anos com dinheiro emprestado dos amigos, mas que rapidamente fez sucesso entre os críticos culinários e tornou-se referência quando o assunto é comida andina. O carro-chefe do Rinconcito é o ceviche, prato típico com cara de sofisticado e que se baseia em peixe cru marinado em suco de limão.

Como o foco de Villar nunca foi o de se tornar popular entre os brasileiros – “eu só queria atender os peruanos” –, ele apostou em um preço mais em conta, adaptado ao bolso dos conterrâneos, com desembolso médio de R$ 15.

:: Leia também ::Que tal um restaurante camaronês, boliviano...

Deu certo, e por isso mesmo ele mantém os preços baixos até hoje. “Um prato grande, para duas pessoas, custa uns R$ 30. Esse, na verdade, se tornou o charme da nossa casa”, explica Villar, que no momento está envolvido com a reforma do restaurante, ampliando a capacidade que era de 120 para 150 pessoas.

“Eu quero terminar logo, quero reinaugurar até 28 de fevereiro para voltar a faturar”, diz ele, que há quatro anos abriu outro restaurante, o El Carajo (“donde ustes es el rey”), a poucos metros do Rinconcito. “É um lugar mais para a colônia. O Rinconcito, na verdade, ficou muito popular.”

Publicidade

A popularidade, por sinal, também atingiu a sul-coreana Yunjae Hwang, também conhecida como Regina. Ela é proprietária do Portal da Coreia, restaurante que funciona no bairro da Liberdade, entre casas chinesas e as tradicionais japonesas.

“Quando abrimos aqui, o brasileiro era mais resistente ao nosso trabalho. A gente praticamente só atendia os coreanos. Mas hoje estamos bem divididos e, cada vez mais, chegam brasileiros”, conta Regina, sentada em uma das mesas do restaurante que, como as demais, conta com uma chapa e um exaustor acoplado ao meio.

“Nós recebemos muitos grupos de coreanos que vem ao Brasil fazer turismo. Hoje mesmo virá um grupo com 20 pessoas. Eles ficam felizes e nos dizem que o nosso trabalho aqui é igualzinho ao trabalho na Coreia do Sul”, explica a empresária com orgulho.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.