Restaurante aposta em localização badalada e preço acessível para faturar R$ 12 milhões

Marca nova-iorquina, Serafina já fatura R$ 12 milhões no Brasil e agenda lançamento de segunda unidade para o dia 18 de setembro

PUBLICIDADE

Por Renato Jakitas
Atualização:

A junção entre marca internacional, localização badalada e preço acessível são as apostas de um grupo de empresários para faturar R$ 12 milhões ao ano no segmento de restaurantes na cidade de São Paulo.Lançado em agosto de 2010, o Serafina inaugura dia 18 de setembro sua segunda casa na capital, dessa vez no bairro do Itaim Bibi.

PUBLICIDADE

Encabeçada por Marcelo Alcântara, empresário do ramo de entretenimento e do mercado imobiliário, a operação brasileira do Serafina foi a primeira no processo de internacionalização da rede, que hoje tem versões em Moscou, Tóquio e Bangladesh. Lançado nos Estados Unidos há 16 anos, o restaurante tem 12 unidades da cidade de Nova York.

::: Siga o Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + ::

No Itaim Bibi, onde passará a funcionar a partir da segunda quinzena de setembro, o Serafina envolveu cerca de R$ 2 milhões em investimentos (nos Jardins foram R$ 3,5 milhões). A casa tem a metade do tamanho de primeira unidade (de 180 lugares para 85) e o faturamento anual é estimado em R$ 6 milhões.

Mas da expectativa ao fato concreto, a fórmula para alcançar esse resultado, diz Marcelo Alcântara, passa necessariamente por manter o mesmo posicionamento adotado desde o início do negócio. A estratégia, basicamente, envolve apertar as margens de lucro (em torno de 10%) para ganhar na escala. Além de investir pesado no ambiente do restaurante e no atendimento ao cliente.

“Qual é a nossa sacada? É fazer um lugar badalado com preço competitivo, em torno de R$ 50 no almoço e R$ 70 nos demais períodos”, explica Alcântara, que além do Serafina é sócio, entre outras, de casas como Eu Tu Eles, na Avenida Faria Lima, e da administradora de imóveis Innova.

“Os primeiros pratos, os pratos de massas mais leves, vão de R$ 24 a R$ 35. As saladas vão de R$ 19 a R$ 33. E o vinho da casa, que compro de containers da Itália, vendo por R$ 65 a garrafa”, conta.

Publicidade

Ambiente eclético. Esse posicionamento, destaca o empresário, trouxe uma clientela eclética para o restaurante ao longo de seus dois primeiros anos. De estudantes e executivos na hora do almoço, a celebridades aos finais de semana e no horário da noite.

“A gente funciona, como nos Estados Unidos, sem parar do 12h à 1h. No começo eu não queria esse horário. Mas acabou se tornando algo diferente e deu certo”, conta Marcelo Alcântara, que planeja outros quatro restaurantes nos próximos anos.

“Nosso contrato com os Estados Unidos exige cinco casas até 2016. Mas quero alcançar esse objetivo até 2014. Vamos lançar uma terceira casa no Shopping JK no ano que vem e preparar nossa entrada no Rio de Janeiro, nos bairros de Leblon e da Barra, um pouco mais para frente”, diz.

Sem concorrência. Mas seja em São Paulo, seja no Rio de Janeiro, o fato é que o Serafina, atualmente, aproveita um filão pouco explorado ainda no Brasil, o de redes de restaurante à la carte.

A consultora Vera Cristina Araújo, professora em gestão de restaurantes da universidade Anhembi Morumbi, destaca o posicionamento como um dos motivos para o sucesso experimentado até então pelo emprendimento.

“Eles apostaram em uma rede famosa por trás, com gastronomia com preço atrativo e posicionado em uma região muito específica. Esse é um conceito que praticamente os isolam da concorrência”, afirma.

 
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.