Empresa cria aplicativo para compartilhar vagas ociosas em prédios

Engepark coloca nas lojas no fim de outubro o Park Home, que usará prédios com ao menos 30 vagas vazias durante o dia

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Por Vitor Tavares
Atualização:
Vagas estarão em prédios residenciais Foto: Acervo Estadão

Tentando uma estratégia para ampliar o negócio além do modelo tradicional - isso é, operar terrenos em áreas estratégicas e movimentadas de grandes cidades -, a rede de estacionamentos Engepark buscou uma alternativa. Veio em forma de economia compartilhada, com o lançamento do aplicativo Park Home, previsto para estar disponível nas lojas dos sistemas Android e IOS no fim de outubro, oferecendo vagas em prédios residenciais e empresariais que ficam ociosas em parte do dia.

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No mercado, já existem alguns aplicativos que funcionam de forma mais ou menos parecida, como o Parkingaki e ezPark, espécie de Airbnb das garagens. Neles, as vagas são indicadas em estacionamentos tradicionais ou em casas e lojas de alguém que aderiu ao serviço - cada um cobrando o quanto quiser. No caso do Park Home, a estratégia é profissionalizar. O aplicativo só vai cadastrar empreendimentos que possam oferecer, no mínimo, 30 vagas, e o preço será pré-determinado e pago na ferramenta. Também haverá, em todos os locais, um profissional da empresa responsável por operacionalizar e manobrar os carros, se necessário.

De acordo com Camila Carneiro, diretora de marketing do aplicativo, os preços praticados serão, em média, 20% mais baixos do que os das vagas tradicionais de uma região. Os valores - que serãocombinados com os condomínios - vão variar de acordo com a localização, demanda e número de espaços disponíveis, assim como já ocorre no modelo tradicional. "Mas são negócios diferentes. Essa é uma nova forma de aproveitar espaços ociosos e não está ligada necessariamente à Engepark", disse Camila. 

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A empresa promete aos condomínios que aderirem à ferramenta uma renda extra de até R$ 20 mil, caso haja uma grande oferta. Dos valores pagos pelos motoristas, 50% do faturamento líquido ficará com os prédios. O Park Home já conversa com incorporadoras para que novos prédios já sejam vendidos com esse serviço incluso. Atualmente, a Engepark conta com mais de 60 unidades no estado de São Paulo, em espaços como shoppings, hospitais e empresariais. A ideia é que até janeiro de 2017, com o aplicativo, o negócio atinja mais de 100 prédios e estabelecimentos comerciais.

Em fase de testes, o aplicativo chegará às lojas no fim de outubro com dois prédios parceiros, em Moema e Vila Nova Conceição, na zona sul de São Paulo. Também estarão disponíveis vagas nos próprios estacionamentos da empresa, que serão mais baratas para quem usá-las via Park Home. "É uma forma de atrair os usuários a usarem a ferramenta", destacou Camila, que aposta num público mais jovem. A expectativa é alcançar 200 mil usuários no prazo de três meses e até 2 milhões em um ano, só em São Paulo.

Com o lançamento da ferramenta, também haverá espaço no site para prédios e empresas que queiram adotar o serviço. Por meio de um cadastro, á empresa vai avaliar o espaço, firmar um contrato e disponibilizar as vagas para os motoristas.

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