
14 de julho de 2014 | 14h05
Loias de um produto só, como balas gourmet, bem-casados ou apenas brigadeiros representam uma forte tendência entre empresários brasileiros. Mas ao passo que o modelo se consolida no ramo da alimentação, cresce também a preocupação por parte dos especialistas, que lançam dúvidas sobre a viabilidades dessas empreitadas no médio e longo prazos.
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Recentemente, um fato ocorrido nos Estados Unidos corroborou para apimentar esse debate. Isso porque a Crumbs Bake Shop, considerada a maior rede de lojas de cupcakes daquele país, notificou seus funcionários na semana passada, dia 7, sobre o fechamento de todas as suas lojas.
A rede começou com uma loja em Nova York, em 2003, chegou a ter 65 unidades e até tinha ações negociadas na Nasdaq. No entanto, segundo o comunicado, a marca não sobreviveu ao mercado. E, assim, deu por encerrada as suas atividades
Nesses três anos que as ações foram negociadas na Nasdaq, o preço só caiu. A ação começou em US$ 13,10, chegou a US$ 0,23 após o anúncio da saída da Nasdaq e fechou em US$ 0,04 em seu último dia. De acordo com o site Entrepreneur, a Crumbs foi a maior rede de cupcakes da América, mas como a febre do doce esfriou, o negócio não conseguiu sobreviver diante de um mercado com muitos concorrentes.
Segundo o site, nos três primeiros meses do ano, o prejuízo líquido da empresa aumentou para US$ 3,8 milhões ante os US$ 2 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Já as vendas somaram US$ 9,1 milhões, valor 25% menor em comparação com o mesmo período de 2013.
Mesmo com o fechamento da Crumbs, os concorrentes não acreditam na morte do cupcake. Sweet Arleen's, por exemplo, adotou o sistema de franchising no ano passado. Já a rede Sprinkles ampliou o cardápio com sorvetes e biscoitos.
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