Recessão fortalece marcas tradicionais

Com crise, número de novas unidades cai 7,5%, mas as redes experientes seguram investidores

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Por Letícia Ginak
Atualização:
ABF Franchising Expo reúne palestras, workshops e possibilidades de negócios em quatro dias de evento. Foto: Studio F Foto: Studio F

Em tempos de recessão econômica, investir em uma franquia é um bom negócio? De acordo com consultores da área, a resposta vai depender da marca escolhida pelo empresário. Isso porque, de um lado, a crise freou o número de abertura de novas unidades. Mas, de outro, fortaleceu franqueadores mais experientes e com estrutura sólida.

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Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) indicam que entre os anos de 2015 e 2017 o número de redes caiu 7,5%, de 3.073 para 2.845. No mesmo período, o faturamento saltou 17%, saindo de R$ 139,5 bilhões para fechar no ano passado em R$ 163,3 bilhões. “O movimento do franchising está na direção do aumento de faturamento e lucratividade das franquias já existentes”, diz Marcelo Cherto, da Cherto Consultoria.

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Para os especialistas, o fator de alerta é o baixo consumo registrado no início do ano. “O mercado de franquia vai seguir o movimento do varejo. E a verdade é que a recuperação econômica está lenta”, diz o professor de macroeconomia do Ibmec-SP André Diz.

Em levantamento referente ao primeiro trimestre de 2018, a ABF registrou crescimento nominal (sem o desconto da inflação referente ao período) de 5,1% e receita de R$ 38,7 bilhões. Nos últimos 12 meses, a expansão nominal foi de 7%. Para a consultora Ana Vecchi, o ano de 2017 representa uma base fraca de comparação, dado o baixo desempenho do setor. Mas, no fim das contas, a conjuntura é positiva. “Uma pessoa que perdeu o emprego investe em uma franquia para sentir que continua trabalhando”, observa.

De 27 até o dia 30 de junho, boa parte do mercado se reúne para discutir o setor e apresentar as novidades na feira da ABF, no Expo Center Norte, em São Paulo.

:: Veja o cenário de cada segmento e as tendências para cada um :: 

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