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Quem faz o bem como empreendedor colhe os frutos

Um grupo cada vez maior de jovens busca aliar lucro com impacto social, transformando assim empresas em causas pelas quais vale a pena lutar

Por Vivian Codogno
Atualização:
 

“Essa geração tem proposto uma novidade, que é associar o trabalho a um propósito. Não se trata apenas de ganhar dinheiro, há uma demanda muito grande por unir o lado profissional e de remuneração ao âmbito da transformação”, explica o consultor da Dín4mo. “No que tange ao espaço público, é claro que existe uma série de necessidades. A oferta pública nesse sentido é muito deficiente. O que falta, porém, são modelos de negócio que fiquem de fato de pé do ponto de vista comercial”, pontua Torres.  Encontrar esse equilíbrio foi um dos desafios da Satrápia, empresa que cria e executa, há pelo menos dois anos, projetos de melhorias em espaços públicos. Por meio de patrocínios de marcas como Pão de Açúcar e Cantão, as empresárias cariocas Myrtes Mattos e Renata Tasca já espalharam pelo Rio de Janeiro “ninhos” de livros compartilhados, revitalizaram praças e agora instalaram o primeiro ‘parklet’ da zona sul da cidade. Com esse trabalho a dupla faturou, só no ano passado, R$ 400 mil e pretende, animada com o resultado, incrementar em 20% o desempenho da empresa neste ano.

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“As pessoas têm o poder de transformar a cidade. Por outro lado, as marcas estão percebendo a necessidade de deixar um legado que vai além do comercial”, explica Renata. As intervenções da Satrápia precisam, porém, passar pela aprovação das subprefeituras das regiões onde serão instaladas, burocracia com a qual a empresária garante lidar bem. “O espaço público não é de alguém, é de todos. Para ideias inovadoras, há uma grande diferença entre custo e valor. Para as empresas, compensa muito mais trabalhar para a cidade, traz um valor agregado muito maior. É a experiência”, pontua a empresária.

Para o empresário recifense Gustavo Maia, a gestão eficiente das cidades depende do diálogo direto entre poder público e sociedade civil e, por isso, ele percebeu que havia espaço para uma plataforma que ligasse as duas pontas. Aliado a quatro sócios, Maia criou a Colab, ferramenta online onde a população sugere melhorias para a cidade e as demandas são atendidas pelas prefeituras. Hoje, são 100 cidades que usam a ferramenta como canal oficial de troca de informações – o índice de solução é de 70%. O serviço deve render R$ 2 milhões de faturamento em 2015. 

 
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