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Projeção de imagem no Cristo Redentor e no Masp vira negócio de R$ 8 milhões para empresário

Empresas faturam com a demanda publicitária por novos canais de diálogo com o consumidor

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Por Renato Jakitas
Atualização:

Alexis Anastasiou tem um diploma de bacharel em relações internacionais na parede, mas escolheu ganhar a vida projetando imagens em eventos, casas noturnas e em espaços públicos. Opção pouco convencional, mas que esse brasiliense de 37 anos definitivamente não se arrepende.

::: Estadão PME nas redes sociais ::::: Twitter :::: Facebook :::: Google + ::Dono da produtora Visualfarm, é com esse negócio que ele planeja faturar R$ 10 milhões este ano. Um resultado 20% superior ao obtido em 2012, escorado, sobretudo, na demanda proveniente do mercado publicitário por novos canais de diálogo com o consumidor.A ideia que surgiu despretensiosamente há 15 anos, após um show da banda alemã kraftwerk, uma das precursoras da música eletrônica, atualmente é um negócio sério, estruturado com 45 funcionários, sede em São Paulo e escritórios em outras três capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Brasília e, agora, Salvador. "Temos projetos que começam em R$ 10 mil e que passam R$ 1 milhão", conta Alexis.Após um início tímido, com apresentações esparsas em clubes de música eletrônica, como a Lov.E e a Clash Club, além de algumas festas raves, o nome de sua produtora caiu nas graças do mercado promocional. O estopim foi um contrato para realizar projeções de imagens durante o Skol Beats de 2003, festival de música eletrônica chancelado pela Ambev. De lá para cá, Alexis cresce anualmente a dois dígitos e investe parte desse dinheiro na aquisição de servidores de vídeo, projetores de alta potência e microcomputadores dotados de infraestrutura para produções 3D - os equipamentos necessários para vializar suas projeções.“Fazemos cerca de 100 projetos por ano. Antedemos clientes como Toyta, Itaú, Calvin Klein, Cielo e Banco do Brasil", conta o empresário, que a partir de 2010 confessa ter mudado de patamar. "Começamos a ser procurados também para grades projetos", diz ele, que se refere tanto às cifras envolvidas quanto o alcance das produções.Nessa nova fase, um dos trabalhos de maior repercussão da Visualfarm aconteceu em outubro de 2010: um truque viabilizado por luzes e imagens sobrepostas que fez com que a estátua do Cristo Redentor, no alto do morro do Corcovado, fechasse seus famosos braços para o Rio de Janeiro. O "Abraço do Cristo Redentor", nome da ação, foi uma encomenda do Sesi, com o objetivo de chamar a atenção para a violência sexual contra crianças e adolescentes.Fizemos muitas projeções grandes: do Masp ao Engenhão, durante a abertura dos Jogos Militares Mundiais", lembra Alexis Anastasiou. "Nosso maior trabalho foi durante a Copa de 2010 para o Banco do Brasil. A gente projetou imagens simultâneas nas 12 cidades sedes da Copa de 2014."O VJ de Brasília não é o único no Brasil a ganhar dinheiro com a demanda corporativa. João Rocha, sócio e diretor de atendimento e planejamento do BijaRi., um negócio fundado em 1996 por arquitetos e artistas, faturou R$ 3,3 milhões em 2012 com a venda de projeções.

 
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