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Produto educativo é boa opção para quem quer empreender

Empresas que apostam no segmento podem ter mais espaço no Brasil por conta da demanda atual criada pelo governo

Por Marcelo Osakabe
Atualização:

O chamados ‘jogos sérios’ são uma parte menos conhecida da indústria de games. Englobando desde funções educativas, treinamento de funcionários e até mesmo produtos ligados à saúde e bem-estar, esses títulos vem ganhando cada vez mais espaço por transformarem uma atividade considerada chata em algo mais atrativo.

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No Brasil, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) passou a incluir, desde 2012, a necessidade de se incluir conteúdo interativo como parte dos materiais oferecidos aos alunos. Como o volume de produção era alto, grandes editoras correram atrás de empresas de jogos digitais, como a 2Mundos, de Bernardo Manfredini. “Foi de repente. Começamos a fazer diversos mini jogos, às vezes um a cada três ou quatro dias”, lembra o empresário.

A experiência ajudou a empresa, inicialmente criada para fazer games sociais, a mudar de ramo. Hoje, o maior cliente da 2Mundos é um site educativo americano, que oferece títulos para mais de um milhão de assinantes. “Criamos jogos ligados ao processo de alfabetização ou aos conceitos básicos de matemática e também começamos a trabalhar em um projeto que ensina idiomas para crianças da China, Japão e Coreia do Sul”, afirma o empreendedor.

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Segundo a gerente de promoção internacional da Abragames, Eliana Russi, o setor de jogos educativos tende a contar com maior proteção do governo justamente por causa das compras de material didático. Entretanto, ainda é difícil vender diretamente ao Ministério da Educação. “A maioria dos casos que vejo são de empresas subcontratadas pelas grandes editoras”, afirma.

Um negócio que tenta contornar esse problema é o Joy Street, um dos maiores estúdios do País, com 50 funcionários e previsão de faturar R$ 6 milhões este ano. Sediada em Recife, cidade onde se formou uma espécie de polo desenvolvedor de jogos educativos, a empresa nasceu para responder a um ‘desafio’ da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, segundo o CEO da empresa, Fred Vasconcelos. “Eles queriam ajuda para aumentar o desempenho e diminuir a evasão dos alunos”, lembra. A resposta foi a Olimpíada de Jogos Digitais e Educação (OJE), gincana virtual para alunos de escolas públicas e privadas. O produto foi lançado em 2009 e atinge 150 mil alunos em Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Acre.

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A Joy Street prepara-se agora para lançar o Plinks, nova plataforma para estudantes do 4º ao 7º ano do ensino fundamental. O projeto será financiado pelo Instituto Ayrton Senna, Fundação Telefonica e Instituto Natura. “Ele tem a intenção de ser uma plataforma aberta, sem limitações de contrato com o governo. Quem quiser usar, usa”, afirma o pernambucano. “Queremos um case mundial na área de educação, com milhões de crianças aprendendo português e matemática.”  

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