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Plano de saúde para cães e gatos ganha força e empresários investem milhões

Empreendedores fazem apostas milionárias no serviço, que tem uma barreira: o capital para manter a operação

Por Renato Jakitas
Atualização:

Uma regra consolidada nos negócios é a de que a concorrência caminha rumo à especialização para, em seguida, desembocar na sofisticação. Assim sendo, não causa espanto que a explosão da oferta de rações para animais de estimação, duas décadas atrás, tenha viabilizado o surgimento das megalojas especializadas em serviços para pets, movimento que preparou o terreno para a nova aposta do setor: a popularização dos seguros de saúde para cães e gatos.

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Neste momento, pelo menos sete empresas experimentam o nicho. Existem opções a partir de R$ 35, que oferecem basicamente atendimento de uma rede credenciada de veterinários, e coberturas com internação, reembolso de exames e mimos dignos do público humano, como sessão de acupuntura e atendimento clínico domiciliar por R$ 250.

O perfil do empresário ainda é diversificado. Segundo o Instituto Pet Brasil (IPB), o segmento atrai desde grupos de veterinários que querem fidelizar a clientela até empreendimentos mais profissionalizados, com gestão de executivos de carreira e suporte de marcas conhecidas no mercado financeiro.

“Esse é um mercado que a gente acredita que vai explodir daqui a uns cinco anos”, opina o presidente do IPT, José Edson Galvão de França. “Mas os empresários vão precisar correr atrás de parceiros capitalizados para sobreviverem”, diz.

Na prática, França sugere que os riscos relacionados à manutenção de um plano de saúde para animais não diferem de uma operação tradicional. É preciso, portanto, estar muito bem capitalizado. “Seguro é risco, pode acontecer de em um dia muitos animais precisarem usar, pode acontecer de outro dia, não”, afirma Marcello Falco, empresário que está no comando da PetPlan, que tem 10 mil planos, opera há um ano em São Paulo e tem, como retaguarda de capital, parceria com a multinacional australiana de seguros massificados QBE.

“A gente investiu R$ 3 milhões e planejamos mais R$ 2,5 milhões para expandir a operação para interior e litoral de São Paulo, além do Rio de Janeiro”, conta Falco. O empresário conta com uma rede referenciada de 400 veterinários, laboratórios e hospitais. “Estamos fazendo proposta para adquirir planos de saúde menores para animais. É uma forma de expandir já assimilando a base de clientes.”

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Sem suporte de um grupo financeiro, mas também bastante capitalizada, a Health for Pet acaba de iniciar a operação em São Paulo. O negócio é comandado por três sócios, entre eles o médico Fernando Leibel, ex-executivo da Amil e que investiu R$ 6 milhões na empresa até o momento. “A gente acha que esse mercado começa agora a contar com iniciativas mais profissionalizadas. Nós, por exemplo, temos dois meses de atuação e já estamos com 30 funcionários”, destaca o empreendedor, que definiu como objetivo comercializar 100 mil planos em até cinco anos. 

 
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