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Pesca aliada ao lazer dá muito certo e pode ser uma grande oportunidade para empreender

A fazenda da família Maeda se transformou em um parque pronto para receber pescadores e também suas famílias

Por Renato Jakitas
Atualização:

Com 20 tanques repletos de peixes (o maior deles com 50 metros de espelho d’água), o empresário André Maeda opera na cidade de Itu, distante 70 quilômetros de São Paulo, um dos principais pesque e pague do Brasil. Hoje chamado de Parque Maeda, o negócio é um exemplo de senso de oportunidade aliado com uma boa performance empreendedora.

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Fundado há 16 anos, o parque surgiu quando o ramo de tomates, mercado de origem da família, começou a preocupar André. “Eu fui o principal produtor de tomate daqui. Mas eu me dei conta que todos os meus colegas já tinham falido. Uma hora ia acontecer comigo”, conta ele, que não teve dificuldades em encontrar uma alternativa para seguir em frente.

“A fazenda do parque era arrendada por mim para plantar tomate. Tinha lá uns quatro tanques de peixes e os amigos vinham para pescar com a gente. Foi quando começamos a cobrar do pessoal”, lembra. O sucesso do negócio, ele conta, foi rápido. Antes, até se tentou criar peixes para a venda, no modelo de aquicultura. Mas o processo foi considerado oneroso e os ciclos de engorda longos (cerca de seis a oito meses). “A gente tentou, mas logo deixamos para lá, o pesque-pague dava mais dinheiro”, lembra o filho Fernando Maeda, que hoje é responsável pela gestão da área dos tanques.

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Do pesqueiro para o parque, André conta que foi um caminho natural, sem muito tempo de planejamento. Segundo ele, os pescadores vinham com as famílias, que pediam opções de lazer para além da pesca. “A gente começou a colocar outras coisas, como restaurante, piscina, foi crescendo.”

Hoje a área de 200 mil metros quadrados pode ser considerada de dupla utilidade. A primeira é para o pesqueiro, que tem crescido em espaço e volume de pescadores desde o início. Já a segunda, sem dúvida o principal chamariz de público, é o parque – além de piscinas com toboágua, há cavalos, pôneis, brinquedos para as crianças, teleférico e até um trem. “A gente recebe por fim de semana uma média de 5 mil visitantes. Neste começo de ano foi muito bom. Chegamos a receber até 7 mil pessoas”, destaca Yurika Maeda, cunhada de André.

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A família responsável pelo empreendimento não fala sobre faturamento, mas considerando que o tíquete médio de um visitante oscila entre R$ 45, no caso da pescaria, e R$ 55, para alguém que segue exclusivamente para o parque, o faturamento bruto da família Maeda em um fim de semana normal vai de R$ 225 mil a R$ 275 mil. “O pesqueiro é muito importante, chama muita gente todos os dias da semana e opera no azul. O parque é um negócio mais de fim de semana. Mas o parque, até pelo investimento que fizemos lá, pode ser considerado o nosso carro-chefe”, explica Fernando Maeda.

Qualidade. Mas a preocupação com os pescadores também é grande e, nos vinte tanques do pesqueiro, há desde tilápia até espécies mais sofisticadas, como por exemplo a pirarara, a cachapira e o tambaqui.

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