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Parques de comida também passam por transformação

Food Parks lutam para atrair cliente depois de passada a 'febre' da alimentação itinerante

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Por Renato Jakitas e Vivian Codogno
Atualização:

Espécie de templo dos food trucks gourmet, os parques de comida de rua, chamados de food parks, são os primeiros a sentir na pele o impacto do novo posicionamento desses restaurantes móveis. Espaços que antes eram muito disputados, com fila de espera de empreendedores interessados em pagar até R$ 1,5 mil por uma vaga de final de semana, hoje esses locais encaram certa dificuldade para atrair empresários e, sobretudo, clientes.

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Até dezembro de 2015 havia nove food parks de grande porte em funcionamento, três apenas na região de Pinheiros. Hoje são no máximo quatro relevantes em operação.

“O aluguel cobrado pelos parques se tornou algo muito difícil para quem trabalha com comida de rua”, afirma a especialista em alimentação fora do lar do Sebrae-SP Karyna Muniz. “Há locais que cobram até R$ 8 mil para manter uma barraca por um mês. Com esse valor é possível alugar uma casa, não de esquina, mas em um bom ponto no bairro de Moema.”

Fundador da primeira dessas praças de alimentação de São Paulo, o Butantan Food Park, que fechou as portas em outubro do ano passado, Maurício Schuartz defende a ideia. “Em nosso último final de semana em funcionamento tivemos duas mil pessoas por lá”, conta ele, que não entrou em consenso com o proprietário do terreno para renovar o contrato de ocupação do local. “Esses parques têm por natureza rodarem, como os food trucks”, brinca Schuartz, que desde então tenta reproduzir o sucesso do primeiro investimento. No ano passado, ele lançou o Food Park Marechal, que fechou, e em dezembro assumiu o controle do Pic Nic, na região da Faria Lima, que já é alvo de dúvidas do mercado. “É mais barato estar aqui do que no Butantã e principalmente do que no Marechal, mas, sinceramente, o movimento não é bom”, diz um dono de food truck que pede para não se identificar.

Outro em operação, o Calçadão Urbanoide, entre a Rua Augusta e a Frei Caneca, também não desperta o interesse do público. Às 14h da última quinta-feira, 11, o principal som no espaço era a música alta. A maioria dos 28 caminhões e barracas do espaço ainda estava fechada, apesar da abertura ocorrer ao meio-dia.  “Após os primeiros seis meses de funcionamento já notamos uma queda de público”, conta o responsável pelo caminhão da Hambúrgueria 162, Bruno Ramos de Oliveira.

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