13 de setembro de 2016 | 06h00
Para a maioria dos investidores com foco em startups, o impacto social positivo da empresa é tão importante quanto o eventual retorno financeiro da iniciativa em questão. Ao optar por colocar capital-semente em alguma startup por meio de equity crowdfunding, a 'vaquinha' virtual para empresas embrionárias, 54% dos investidores avaliam se a iniciativa contribui de alguma forma com o ecossistema em que vai operar.
O levantamento “Investidores de Equity Crowdfunding”, conduzido pela consultoria Din4mo em parceria com a plataforma Broota, que envolve um universo de 4 mil pessoas cadastradas na plataforma equity crowdfunding Broota mostra, ainda, que para a maioria, o valor do investimento pretendido ainda é inferior a R$ 10 mil.
Embora seja um conceito recente no Brasil, o equity crowdfunding – oferta pública de valores mobiliários que uma empresa disponibiliza para um grupo de investidores por meio da internet – já tem destaque em países europeus e nos Estados Unidos e, conforme aponta o sócio-fundador da Din4mo e coordenador da pesquisa Haroldo Torres, mostra um potencial significativo de expansão.
"Estamos vendo essa modalidade de investimento crescer exponencialmente fora do Brasil", comenta. "Por aqui, empreendedores e investidores de carreira já olham para o equity crowdfunding de forma profissional", analisa Campos.
Diferente do financiamento coletivo tradicional, em que a pessoa que emprega seu capital no projeto recebe alguma recompensa física, no equity crowdfunding o investidor recebe, como contrapartida, uma participação acionária ou um título de dívida, que pode ser convertido depois de um tempo determinado em ações da empresa apoiada.
Para o fundador da Din4mo, ao não priorizar apenas a rentabilidade da empresa em questão é um fator que democratiza a captação de investimento para iniciativas ainda no começo. "Poucas startups embrionárias conseguem ter acesso ao capital semente no Brasil. E são empresas que precisam muito desse dinheiro novo trazido pelo equity", diz.
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