29 de julho de 2011 | 19h40
De olho no aumento da demanda por serviços que deve ocorrer até a Copa do Mundo de 2014, o mecânico Juvenal Fernando de Almeida Silva, de 40 anos, dono da oficina Vanguarda, na zona leste da capital, está organizando uma cooperativa com outras oficinas e guincheiros para criar uma rede de atendimento e, dessa forma, ganhar poder de barganha nas negociações com fornecedores de peças e equipamentos.
O objetivo é que as oficinas da região possam aproveitar todas as oportunidades que vão surgir com a Copa. Entre elas, o aumento de até 40% no número de clientes . “O grupo já existe há cinco anos, mas agora estamos fazendo a formalização para agilizar o atendimento, ter produtos de alto giro em estoque e, assim, suprir a necessidade dos nossos clientes antes e durante a Copa”, diz Silva, que preside a associação. Segundo ele, o movimento já começou a crescer por causa de empresas que estão trocando ou reformando sua frota de veículos em decorrência de algum evento relacionado à Copa.
Por meio da cooperativa, os mecânicos da região também estão conseguindo o apoio de entidades como o Sebrae para realizar cursos de aperfeiçoamento, além de fechar acordos para realizar visitas aos fabricantes de peças, por exemplo, para troca de experiências.
O grupo agora busca apoio para criar um centro de ensino gratuito de mecânica para formar mão de obra para trabalhar nas oficinas. “Estamos procurando investidores para viabilizar esse projeto, porque hoje já temos dificuldade de encontrar funcionários qualificados”, diz.
Por enquanto, a cooperativa já fechou parcerias com escolas de inglês da região para que os associados estejam aptos a ter diálogos simples com os turistas que devem desembarcar em número cada vez maior no País nos próximos anos. Juvenal é um dos futuros alunos. “A hora de começar a se preparar é agora porque já tem muitas oportunidades surgindo”, diz.
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