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O sucesso imediato da empresa especializada em terminar relacionamentos mediante pagamento

Serviço polêmico ganha rapidamente, o que não significa que o negócio vai prosperar e faturar milhões

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Por Daniel Fernandes
Atualização:

De repente, o sucesso. Sites de notícias em todo o mundo publicaram nos últimos dois dias pequenos textos a respeito de uma empresa australiana especializada em terminar relacionamentos afetivos. Tão simples quanto o enunciado propõe, o negócio assume a tarefa de encerrar um casamento, namoro, enfim, uma relação afetiva. E o cliente paga valores que oscilam entre 5,5 dólares australianos, pelo envio de um simples SMS, até 66 dólares australianos - por esse valor, um representante da empresa termina, esse sim, pessoalmente a relação que não é dele.

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A publicidade instantânea significa que a empresa que atende pelo nome de 'Sorry It´s Over' também ficará conhecida em todo o mundo - basta fazer uma busca na internet pelo nome do negócio, criado por uma enfermeira. A pergunta que o empreendedor deve se fazer, entretanto, é se o negócio têm fôlego suficiente para sobreviver para além do estrelato repentino.

Há algumas informações no site da empresa que deixam pistas. Primeiro, ele é extremamente simples - passa a mensagem que tem de passar e pronto. Quem se interessa pelo serviço, também consegue acessar rapidamente a 'prateleira' de serviços oferecida pelo 'It´s Over'. E os pagamentos são feitos pela internet - tudo rápido e fácil. Assim como comprar um livro.

E aí que repousa o problema da empresa (os especialistas em estratégia chamariam de desafio). Até que ponto as pessoas (eu, você, todos nós) estão dispostas a contratar um serviço desse tipo para algo tão pessoal? Até que ponto a era da comodidade propiciada pelo avanço da tecnologia tem de chegar? São essas as duas perguntas que precisam ser respondidas pelo tempo e que podem garantir o sucesso de negócios desse tipo. Mas fique atento, se começarem a surgir outras empresas do tipo no mundo...sinal que a original está prosperando. Isso se o site e a empresa não fizerem parte de algum tipo de ação de marketing de alguma grande empresa para vender algum 'grande' produto. Se for isso, também saberemos logo. * Daniel Fernandes é editor do Estadão PME

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