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O que o empresário precisa ter para atrair investidores para o seu comércio online

A receita é simples, mas muito difícil de ser seguida pelo empresário que decide apostar no mercado online do País

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Por Rodrigo Rezende
Atualização:

A receita é a mesma desde o surgimento do comércio eletrônico no País, o difícil é segui-la. Para atrair investidores, a empresa que atua na área precisa mostrar-se viável, ter potencial de crescimento e apresentar diferenciais competitivos em relação aos concorrentes.

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Pedro Guasti, vice-presidente de marketing do Buscapé, faz um importante alerta. Ao empreendedor, não basta estar com a casa em ordem. É preciso também saber escolher para quem ele vai abrir a porta, e o faturamento, do negócio. "Fundos de investimentos grandes fazem aportes em empresas com nível de faturamento alto, os pequenos atraem os investidores-anjo menores", analisa.

Guasti, sempre que consultado a respeito do assunto, dá uma dica que considera valiosa: quem investir em aplicativos para smartphones poderá ter um diferencial importante no segmento de e-commerce.

O diretor geral do RestauranteWeb no Brasil, Carlos Eduardo Moyses, acrescenta que para atrair interessados também é preciso que o projeto seja agressivo, ou seja, tenha potencial de crescimento rápido. "Diferente de dez anos atrás, hoje os investidores são mais experientes no mercado brasileiro, têm muito mais conhecimento", conta. Resultado: há mais oportunidades, porém, a exigência também ficou maior.

Moyses corrobora a visão de Guasti e afirma que negócios nascentes devem buscar apoio de investidores- anjo. A medida que o negócio se desenvolve, a pessoa deve então estabelecer relacionamentos com representantes de fundos de Venture Capital e, mais adiante, contatar os investidores de Privaty Equity. Esse último grupo, segundo Marcos Simões, diretor da Endeavor, é formado por um tipo de executivo que vai dar dinheiro em troca de um 'pedaço' do empreendimento.

"Ele vai investir em dez empresas, mas sabe que uma vai dar muito certo", afirma. Para conquistá-lo, segundo Simões, é preciso fazê-lo acreditar que o negócio tem potencial para crescer a taxas acima de 100% durante muitos anos. "O negócio precisa resolver a dor de um público muito grande, não pode ser uma vitamina, tem que ser um analgésico", explica.

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Diferente. Outro ponto importante, na opinião de Simões, é ter pelo menos um diferencial competitivo. "Do ponto de vista técnico, o comércio eletrônico nada mais é do que um varejo online e existe uma tendência muito grande de os negócios se parecerem, por isso, é preciso criar esses diferenciais", analisa. Ele exemplifica citando uma grande rede de sapatos dos Estados Unidos que apostou na excelência do atendimento. "Todos os atendentes têm um orçamento mensal, para gastar como quiserem, para encantar o cliente", conta.

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