03 de novembro de 2011 | 12h41
O número de famílias com contas em atraso caiu 1,3 ponto porcentual em outubro ante setembro ao atingir 10,8%, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Este é o menor nível de contas em atraso desde o início da série histórica em fevereiro de 2004, quando atingiu 25,7%. Os dados foram coletados junto a cerca de 2, 2 mil consumidores no município de São Paulo.
Dentre as famílias com contas em atraso, 51,5% têm prestações vencidas a mais de 90 dias; 26% por até 30 dias; enquanto que 19% do total estão com débitos pendentes entre 30 e 90 dias. O resultado aponta que 43% dos paulistanos possuem algum tipo de dívida, o que equivale a 1,54 milhão de famílias. De acordo com a Assessoria Técnica da Fecomercio-SP, em outubro de 2010 esse número era de 1,78 milhão, apresentando queda, ano a ano, da ordem de 263 mil famílias endividadas.
A queda do nível de endividamento observada desde abril deste ano pode ser justificada por dois fatores. Mesmo com a queda de dois pontos porcentuais na relação entre outubro e setembro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) revela que os paulistanos ainda seguem confiantes à atual situação econômica do País. Outro item altamente favorável à manutenção da confiança tem sido a estabilidade do nível de emprego de emprego e renda.
::: Siga o Estadão PME nas redes sociais :::
Este quadro traz algum otimismo para os lojistas, que encaram previsões menos otimistas para o Natal de 2011. Com a diminuição das contas em atraso, a tendência é que o consumo volte a aumentar no fim do ano.
Em outubro, o resultado da PEIC ainda revela que o principal tipo de dívida entre as famílias analisadas continua sendo o cartão de crédito (72,4%), seguido por carnês (24,6%), crédito pessoal (14,7%), financiamento de carro (9,8%), e cheque especial (7,4%). Nesta categoria, destaca-se que a utilização de cartão de crédito tem se expandido nas classes C, D e E da população, sobretudo pelo aumento dos cartões oferecidos gratuitamente que podem ser usados como forma de pagamento mesmo que o consumidor não tenha conta bancária.
:
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.