
06 de dezembro de 2012 | 18h00
Convocado pelo pai, que estava prestes a fechar as portas de sua gráfica recém-inaugurada, o advogado Leandro Bezerra Argemiro não só reverteu a situação da empresa. Ele também a transformou em um negócio que fatura cerca de R$ 1,5 milhão por ano.
O empreendedor revela que o segredo para o resultado foi dedicar muito tempo ao planejamento, além da aquisição de ferramentas que controlam a gestão. Esses investimentos reduziram os gastos da gráfica e aumentaram a eficiência na produção.
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“A gente aprendeu a fazer mais, só que com menos dinheiro”, diz. “A Vektra Gráfica ainda está aqui porque temos planejamento do que vamos fazer: campanha de Páscoa, Dia dos pais, tudo. Um ano antes eu já deixo tudo preparado. Além disso, temos uma gestão com controles semanais”, conclui o empresário de sucesso.
Formado em Direito, Leandro deixou de lado a preparação para a carreira como juiz quando, em 1999, o pai solicitou sua ajuda na administração da gráfica, inaugurada dois anos antes na zona leste de São Paulo. Na época, o negócio sofria do mal que aflige outros pequenos empreendimentos: a deficiência técnica do proprietário, que conhece o produto, sabe trabalhar no mercado, mas sofre muito com a falta de organização.
“O desafio foi grande, mas tomei gosto pela coisa e não penso mais na vida de juiz”, revela Leandro. “A nossa empresa é pequena, mas com estrutura de grande”, garante o agora empreendedor paulistano.
Planejamento
Na indústria brasileira, pensar estrategicamente não é apenas uma alternativa para amplificar os resultados do negócio. É sobretudo uma ferramenta para sobreviver em um setor que costuma sofrer para recuperar-se de momentos difíceis, como a atual crise econômica internacional.
Divulgado em outubro, levantamento realizado pelo Sebrae-SP aponta o segmento industrial como detentor dos resultados mais modestos entre os pequenos empresários. O faturamento de R$ 35,7 bilhões, obtido pelo setor entre janeiro e junho deste ano, é só 2,6% maior em relação ao mesmo período de 2011. A mesma pesquisa mostra que as empresas de serviços e comércio cresceram 10,3% e 7,2%, respectivamente.
Para Pedro João Gonçalves, consultor e economista do Sebrae-SP, diversos fatores explicam o resultado tímido do segmento. “A indústria tem uma maior dependência de financiamento, sofre com a concorrência de produtos importados e enfrenta problemas de competitividade. Esses elementos contribuíram para os resultados considerados fracos”, afirma.
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