28 de maio de 2014 | 06h53
Os passos para que o empreendedor brasileiro possa começar uma empresa ainda não estão suficientemente claros a todos e as regras mudam consideravelmente de um estado para outro do País. Isso representa um gargalo, por exemplo, para o avanço das startups. Essa é a opinião do advogado Frederico Viana, sócio do escritório Souza, Cescon, Barrieu e Flesch Advogados.
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Para ele, o País precisa concentrar esforços para reduzir o tempo de abertura de uma negócio, principalmente quando o que está em jogo é a criação de startups. “Cabe aos governos investirem em tecnologias para que o processo de abertura de uma startup possa ser realizado integralmente via internet, como já acontece nos Estados Unidos”, afirma. Acompanhe abaixo os principais trechos da entrevista com o especialista.
Abrir uma empresa no Brasil ainda é um gargalo de entrada no empreendedorismo?
Sim, eu considero ainda um gargalo, principalmente quando o que está em jogo é a abertura de uma startup. O sistema é ainda muito burocrático e vem lá do passado, com exigências que não são mais necessárias. Daria para ser muito mais rápido do que realmente é.
E como poderia ser mais rápido?
Em alguns estados, como em Minas Gerais, já é relativamente rápido o processo. Dá para abrir uma empresa em cinco dias se não tiver nenhum problema no processos. Isso porque é tudo realizado pela internet. Mas em outros lugares, como Rio de Janeiro e São Paulo, pode levar mais de um mês para concluir todo o processo, que ainda é presencial, com papel. Não dá para imaginar o Mark Zuckerberg esperando um mês para começar a operar o Facebook, por exemplo.
Nos Estados Unidos como funciona o processo?
Só para você ter uma ideia, dá para abrir uma empresa no mesmo dia por lá. Isso é fundamental para os negócios.
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