Quase a metade das micro e pequenas empresas brasileiras são comandadas por empreendedores negros, segundo levantamento do Sebrae, feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). De 2001 a 2011, a quantidade de donos de empresas negros cresceu 29%, elevando a participação da raça negra de 43% para 49% no segmento que inclui empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.
O Sebrae informa ainda que os empreendedores afrodescendentes apresentaram também um aumento de escolaridade. Apesar de ainda possuírem menos tempo de estudo do que os brancos, o nível escolar desse público teve um crescimento de 41% nos dez anos analisados. Entre a totalidade dos empreendedores afrodescendentes - 71% representados pelo público masculino -, a escolaridade passou de 4,4 anos de estudo para 6,2 anos na última década.
A maior concentração dos negros donos de negócios está na Região Nordeste. Somente na Bahia, estão 12% do total do País. O comércio e a agricultura são os setores que mais têm proprietários de empresas que se declaram negros, ambos com 23% de participação. Os demais se distribuem entre os setores de serviços, 21%, construção, 19%, e indústria, 10%.