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MPEs lideram pedidos de recuperação judicial no primeiro semestre

Micro e pequenos negócios foram responsáveis por 50,9% dos 1098 requerimentos de recuperação; em falências, encabeçam 62% dos pedidos

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Por Vivian Codogno
Atualização:

O constante aumento das taxas de juros, somado à dificuldade crescente de acesso ao crédito, segue refletindo uma piora na saúde financeira das micro e pequenas empresas. Uma das implicações desses fatores pode ser notado no aumento de pedidos de recuperação judicial e falências medido pelo Serasa Experian.

O levantamento aponta que, entre janeiro e julho de 2016, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 50,9% dos 1098 requerimentos de recuperação judicial. Foram 657 pedidos de MPEs, seguidas pelas médias, com 282, e pelas grandes empresas, com 159. No total, houve um aumento de 75,1% nos pedidos se levado em consideração o mesmo período do ano passado.

No ano de 2016, 1.863 empresas buscaram a recuperação judicial no País, segundo a Serasa Experian. O número foi o maior desde que a nova Lei de Recuperação Judicial entrou em vigor, em 2005. Para especialistas da consultoria Comatrix, especializada em gestão interina, a maioria dessas ações pode ser evitada com um plano de reestruturação do negócio. O primeiro passo, segundo o economista Claudio Zohar, é reconhecer os sinais de que a empresa precisa de uma intervenção. Foto: José Patrício/Estadão

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Já nos pedidos de falência, dos 1058 requerimentos efetuados de janeiro a julho de 2016, 559, ou 62%, foram de micro e pequenas empresas, 248 de médias e 251 de grandes.

Quando analisado apenas o mês de julho de 2016, a sutituação também é crítica. De acordo com Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, foram 175 pedidos de recuperações judiciais, alta de 4,2% em relação a mês anterior, maior resultado desde 2005. Já em relação a julho de 2015, os pedidos aumentaram 29,6%. Mais uma vez, as micro e pequenas empresas lideraram, com 122 pedidos, seguidas pelas médias (36) e pelas grandes empresas (17).

Falências. Na análise mês a mês, o Indicador verificou queda 3,1% de requerimentos de falências em julho em relação a junho e alta de 9,2%, se comparado com o mesmo mês do ano passado. Na verificação mensal de junho, as MPEs também ficaram na frente com 108 requerimentos, seguidas pelas grandes empresas, com 44, e as médios com 37.  

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