
11 de julho de 2011 | 11h21
Muitas empresas já notaram em seu próprio caixa as alterações no cenário econômico. As chamadas medidas macroprudenciais e o ciclo de aumento de juros promovido pelo governo mudaram o rumo dos ventos da economia e desde abril as empresas - em especial as pequenas - passaram a registrar vendas menores.
Com preços em alta e crédito mais caro, os consumidores repensaram as compras. E após 18 meses consecutivos de alta, os negócios de pequeno porte apresentaram redução de 1,5% no faturamento de abril deste ano em relação a igual período de 2010, aponta o Sebrae-SP.
Além de não comprar, o cliente também começa a dar sinais de que pode parar de pagar. A inadimplência nas compras a prazo no varejo subiu 8,21% em maio frente ao mesmo mês de 2010, o que levou a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) a recomendar uma restrição na concessão de crédito aos consumidores.
"A situação é preocupante porque já são quatro meses de aumento na inadimplência. A única coisa pior que não vender, é vender e não receber", afirma o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro. Os registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) feitos entre janeiro e maio acumulam alta de 3,61% na comparação com os cinco primeiros meses de 2010.
Por isso, Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP, o momento sugere ao dono de um pequeno negócio a seguinte estratégia: "Os empresários têm de ser mais conservadores ao montarem estoques e projetarem vendas. Pode ser necessário reduzir o lucro para ganhar competitividade."
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