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Moda online também é coisa de homem

Público masculino foi responsável por 39% dos gastos na categoria mais vendida do ano passado, segundo dados da E-bit

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Por Gisele Tamamar
Atualização:

Elas compram por impulso, gostam de ver o look completo, acessam blogs de moda e ainda dominam as compras online de roupas, calçados e acessórios. Eles têm um comportamento completamente diferente: fazem uma escolha rápida, de forma objetiva, mas ainda são pouco atendidos, dentro do universo online, pelas marcas de moda masculina.

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Mas isso não significa que não existe espaço para quem deseja empreender. Moda é a categoria mais vendida no e-commerce há dois anos e a representatividade do público masculino no faturamento passou de 37% em 2013 para 39% em 2014, quando movimentou cerca de R$ 1 bilhão, segundo dados da E-bit, empresa especializada em informações do setor.

Ao fazer um panorama a respeito desse mercado, Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit, aponta que a presença de grifes conhecidas na web ainda é tímida e, muitas vezes, o consumidor acaba sendo atendido pelos sites de flash sales (de ofertas de curta duração). “A maioria das marcas de fora (exterior) está presente no e-commerce com foco e dedicação. Acredito que essa categoria chegou a um patamar importante no Brasil e tem espaço para crescer”, afirma Guasti.

A professora do curso de moda e-commerce do Senac, Tainá Barrionuevo, também aponta para o potencial desse mercado. “O shopping é uma experiência de entretenimento. No online, o consumidor também consegue isso, mas sem pudores. Ele entra no site que quiser e tem privacidade para explorar novos produtos e testar itens de moda”, pontua a especialista no segmento.

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A marca de sapatos Di Pollini está de olho nesse público e aposta no aumento das vendas online. Depois de passar por uma reformulação, o site da marca registra faturamento médio mensal de R$ 60 mil e a meta é atingir os números de uma loja física: R$ 200 mil. “Nos próximos cinco anos vamos trabalhar para o e-commerce se tornar a unidade mais rentável da nossa empresa, para ele chegar aos R$ 400 mil, R$ 500 mil”, afirma o diretor comercial da marca, Pompeu Belusci.

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Criada em 1974 pelo pai de Pompeu, a Di Pollini começou como fábrica e fornecia sapatos para lojas de departamento até conquistar seu próprio espaço. Hoje são 23 lojas em operação e planos de abrir pelo menos dez franquias este ano.

Apesar da marca Reserva existir desde 2006, o e-commerce só foi lançado em 2013 depois da abertura de lojas e da implantação de um software que organiza a logística e reposição de estoque da empresa. Atualmente, o e-commerce responde por 20% das vendas de varejo da marca, que faturou R$ 230 milhões no ano passado.

O site também vende produtos de outras empresas e investe, este ano, na possibilidade de customização de camisas polo e tênis. “A marca cresce em uma velocidade maior que a quantidade de lojas. Como não temos uma cobertura 100% nacional, o consumidor procura a marca na internet”, afirma Rony Meisler, CEO do grupo Reserva, que pretende crescer entre 20% e 30% este ano. “Existem duas opções: ou chora ou vende lenço. Ou olha para o lado e reclama ou olha para frente e é criativo.” 

:: Cliente é mais objetivo e não quer palpites :: Público masculino desenvolveu comportamento bem diferente da mulher, mas o cuidado com o serviço serve para ambos

Direto Ao contrário da mulher que compra por impulso, o homem é mais objetivo e escolhe peças com certa rapidez.

Oportunidade O homem tem a chance de explorar novos produtos sem pudor na internet e entender as novas tendências sem ser reprimido.

Fiel Se o homem já conhece ou aprova a marca, é importante facilitar o processo para ele retornar e comprar itens semelhantes.

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Serviço Não se pode esquecer do serviço para o consumidor comprar com segurança e ter a garantia de entrega.

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