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Micro e pequenas empresas paulistas perdem R$ 100 bilhões em um ano, afirma Sebrae-SP

Crise econômica afetou todos os setores da economia e segmento de serviços caiu 16,9% em 2015

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Por Daniel Fernandes
Atualização:

Atualizada às 19h48

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As micro e pequenas empresas paulistas registraram queda de 14,3% no faturamento real (quando já se desconta a inflação), em 2015 na comparação com o balanço do ano anterior.

Trata-se da maior queda na receita anual das MPEs desde 2002 e significa dizer que os empreendimentos do Estado de São Paulo deixaram de acumular R$ 100 bilhões em um ano – a receita total das micro e pequenas empresas paulistas no ano passado foi de R$ 597,2 bilhões.

De acordo com o Sebrae-SP, responsável pelo levantamento, a desaceleração da economia, a retração do consumo das famílias e a inflação acima do teto da meta contribuíram para o resultado negativo. Essa redução de consumo, por sua vez, pode ser explicada pela queda nos níveis de emprego e a baixa confiança do brasileiro.

“Vai ser um ano de muita tensão, não é possível falar em alguma melhora”, avalia o diretor técnico do Sebrae-SP Ivan Hussni. “Com esse resultado, acendemos um sinal amarelo. É tempo de conhecer melhor o negócio”, pontua.

Por setor, a queda mais contundente foi na receita das empresas prestadoras de serviços, que viram o faturamento despencar 16,9% no período – foi a primeira vez desde 2009, quando o País enfrentava os efeitos da crise financeira mundial, que o setor terminou um ano com redução no faturamento. Em 2015, a receita  das pequenas indústrias também registrou queda, só que de 10,9%. O comércio, que historicamente mantém um desempenho superior aos demais segmentos, encolheu  13,2%.

A crise também afetou os microempreendedores individuais. Os MEIs de São Paulo registraram queda de 21,8% no faturamento real de dezembro de 2015 ante mesmo período do ano anterior - a receita total no mês chegou a R$ 2,7 bilhões.

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Confiança. Apesar dos números pouco favoráveis, o diretor técnico do Sebrae avalia que o micro e pequeno empreendedor está mais otimista, tendência constatada pelo Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN). Em novembro, último levantamento da série, o levantamento mensal resultou em 99 pontos, um ponto acima do registrado no mês anterior. “Quem acredita no próprio negócio vai ter mais criatividade, mesmo sob uma estrutura enxuta.”

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