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Meio ambiente vira negócio para educadores

Pequenos empresários apostam na organização de festas, oficinas e eventos para ganhar espaço na área

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Por Rodrigo Rezende
Atualização:

A educação ambiental como tema de festas infantis, eventos corporativos e até mesmo em atividades dentro de escolas transformou-se em um bom negócio para pequenos empreendedores. Eles têm obtido bons resultados nesta nova categoria do mercado de entretenimento e, inclusive, projetam crescimento para os próximos anos.::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + :: No Rio de Janeiro, por exemplo, o Instituto Moleque Mateiro faturou R$ 730 mil em 2013 e pretende chegar a R$ 1,2 milhão neste ano.

 

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A empresa realiza atividades com foco no meio ambiente em aniversários, escolas, universidades e empresas. O portfólio inclui oficinas de sustentabilidade, curso de capacitação e projetos pedagógicos. O pequeno empreendimento também organiza passeios educativos em áreas de preservação da cidade, como os parques da Catacumba e da Tijuca. A ideia de trabalhar nesta área surgiu na faculdade de Geografia, conta Francisco Schnoor, sócio e um dos fundadores do negócio. Em 2005, ele e dois colegas do curso começaram a realizar atividades para divulgar conceitos e práticas sustentáveis.

"Mas só a partir da incubação no Instituto Gênesis, da PUC-Rio, e do acompanhamento de uma consultora, é que conseguimos crescer como empresa. Começamos mesmo em 2011, quando o faturamento alcançou R$ 200 mil." "Nunca colocamos um real nosso, quando juntamos os primeiros R$ 10 mil, abrimos a empresa", relembra Lúcia Glat Jaber, outra sócia do negócio. 'Não tínhamos uma visão empreendedora, mas a demanda nos mostrou que esse é um mercado promissor", conta. O próximo passo, segundo Lúcia, é alugar ou comprar uma casa com espaço para montar um laboratório de práticas ambientais e uma biblioteca. O biólogo Diego Sanchez, dono da SOS Ambiental, de São Paulo, também acredita no crescimento dessa área. Ele planeja dobrar o faturamento – hoje em torno de R$ 30 mil por mês – nos próximos dois anos. Há 11 anos, ele investiu R$ 9 mil para abrir a empresa. O negócio, atualmente, organiza entre 30 e 40 eventos por mês. "Realizamos jogos ambientais, trilhas e oficinas, como a de sacolas feitas com material pet e a de colares e pulseiras feitas de sementes de espécies de plantas nativas. Mas o teatro ambiental representa 70% do nosso trabalho", diz Sanchez. Análise. As oportunidades que o segmento apresenta no País vão muito além das atividades voltadas para escolas ou festas de aniversário. Segundo Gabriela Priolli de Oliveira, coordenadora do curso de pós-graduação em Educação Ambiental do Centro Universitário Senac, quem deseja empreender nessa área também encontra mercado no setor público. "Há uma demanda muito grande das prefeituras para contratar consultorias e empresas dessa área. Existe uma obrigatoriedade de financiamento público para que em intervenções urbanas, como a construção de vias ou a urbanização de favelas, por exemplo, a educação ambiental seja desenvolvida com a população local."

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