Marketplace ajuda a expandir vendas de pequenos negócios com visibilidade

Shoppings virtuais atraem com clientela e número de visitas; 'Estadão PME' lança buscador com 61 marketplaces para ajudar empreendedor a escolher onde vender

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Por Mateus Apud
Atualização:

No lugar de enfrentar os desafios de gerir sozinho um site de vendas, empreendedores têm nos marketplaces opções consolidadas que facilitam a gestão do negócio. Endereços que reúnem vários lojistas, os marketplaces atraem mesmo quem já possui um e-commerce próprio, para alavancar as vendas com clientela variada.

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Em geral, um marketplace reúne diversas lojas de um mesmo nicho para atingir um público específico, ou de produtos variados para alcançar clientes em massa. É o shopping center do mundo digital. O empreendedor “aluga” um espaço, monta sua loja e se aproveita do grande movimento que o local tem. Enquanto isso, o cliente conta com a variedade de produtos à disposição. 

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor de e-commerce deve faturar R$ 81 bilhões em 2019, com crescimento de 18% ante 2018. Desse total de faturamento, 35% vêm de marketplaces. Os dados corroboram a preferência do brasileiro: 74% dos consumidores preferem realizar suas compras pela internet no lugar de ir a uma loja física, segundo levantamento da NZN Intelligence.

Para ajudar o empreendedor a escolher onde criar sua loja e anunciar seus produtos, o Estadão PME fez a curadoria de 61 marketplaces, que vão de endereços gigantescos e variados (Mercado Livre e Amazon) a minúsculos de clientela de nicho (Cafezando e Malte Brasil). No serviço, é possível encontrar sites por filtros como nicho, número de visitas por mês, comissão por venda, mensalidade, gerenciamento do frete, entre outros.

Os sócios da Casa Roque, Thomaz Weber e Jhonatas Roque. Foto: Santiago Carlucci/Brokenglass

Para o presidente da ABComm, Maurício Salvador, as vantagens de vender em um marketplace são percebidas principalmente por pequenos e médios lojistas. “Uma lojinha que é conhecida num bairro ou um grupo famoso somente em um Estado consegue se beneficiar da confiança que grandes marcas (de marketplaces) transmitem aos consumidores.”

Outro benefício, diz Salvador, é o alcance que a loja pode ter diariamente num site movimentado, frente ao esforço que o empreendedor tem de fazer para o e-commerce próprio conseguir tráfego. "Esses sites investem em campanhas de marketing e relacionamento para atrair mais visitantes. Isso acaba trazendo um fluxo grande."

Ainda assim, o conselho não é deixar a loja em apenas um marketplace, para ela poder atingir variados públicos (inclusive o de nicho) e também não correr o risco de ficar “escondida” entre tantas lojas de um site só.

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É isso o que tem feito a Casa Roque, marca de produtos para enxoval infantil que vende exclusivamente pela internet desde 2015. Além de um e-commerce próprio, dispõe seus produtos em 13 pontos de vendas online, como Dafiti, Amazon e endereços do grupo B2W (Americanas, Submarino e Shoptime).

“Imagino eles (marketplaces) como um shopping e, se minha loja estiver em vários shoppings, minha marca vai ser mais vista e eu vou vender mais”, diz Jhonatas Roque, fundador da loja.

Plataformas de gestão

Para tirar maior proveito do marketplace, não basta o empreendedor apenas se cadastrar em um site e colocar produtos à venda. Além de não deixar a loja em um shopping apenas, ferramentas de integração podem ajudar na gestão. Em plataformas como VTEX, Plugg.To, Anymarket e Linx Hub, o empreendedor consegue gerenciar diversos recursos, como estoque, precificação, entregas e SAC de todas as lojas em um mesmo lugar.

Ademais, acrescenta Maurício Salvador, boas fotos e descrições bem feitas dos produtos ajudam no ranqueamento, pois os resultados de busca privilegiam as lojas com bons conteúdos.

Com seu centro de distribuição localizado em Limeira, interior de São Paulo, Roque conta que cada catálogo da Casa Roque é pensado e feito exclusivamente para cada marketplace. “Em cada um eu tenho um público diferente e uma forma de trabalhar para atingi-los. Tem marketplace onde coloco um tipo de produto que em outros eu não coloco, por exemplo.”

Todos os produtos da Casa Roque são fabricados em Limeira, interior de São Paulo. Foto: Santiago Carlucci/Brokenglass

Dentre os marketplaces em que a Casa Roque está presente, o limeirense conta que o grupo B2W é o que apresenta o maior rendimento para sua loja. “Em um período de um ano na B2W, nosso faturamento duplicou”.

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Com cinco anos de operação, a companhia é dona das marcas Americanas, Submarino e Shoptime. Ali, são mais de 600 milhões de visitas por mês em mais de 31 mil lojas. As vendas dessas lojas somadas aos produtos próprios da B2W geraram um GMV (valor bruto de mercadoria) de R$ 7,4 bilhões no primeiro semestre, sendo o marketplace responsável por 59,9% desse valor.

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