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Mais da metade dos pedidos de recuperação judicial em 2015 são de pequenas empresas

Com 492 pedidos protocolados na justiça, número atinge recorde para o período desde que entrou em vigor a Nova Lei das Falências, diz Serasa Experian

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Por Redação
Atualização:

O volume de empresas a entraram com pedido de recuperação judicial atingiu seu patamar recorde no primeiro semestre de 2015, revelou um levantamento conduzido pelo Serasa Experian. Segundo a instituição, de janeiro a junho do ano houve 492 ocorrências protocoladas em todo o País, 18% mais que em igual período do ano passado. O número é o maior já registrado pela série histórica desde que entrou em vigor a Nova Lei das Falências, que é de junho de 2005.

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Segundo dados do Serasa, o período foi particularmente negativo para os pequenos negócios, os que mais sofreram com a turbulência econômica deste início de ano. Do número total de pedidos de recuperação judicial, 52% (ou 255 pedidos) foram protagonizados por micro e pequenas empresas, classificação dada para a empresas com faturamento máximo anual de R$ 3,6 milhões.

A recuperação judicial é um expediente legal recorrido por empresas em risco falimentar. Ele dá ao gestor do empreendimento  seis meses para tentar um acordo com credores sobre um plano de recuperação que definirá como sairá da crise financeira.

Segundo o Serasa, o que está por trás do crescimento de pedidos de recuperação judicial é o cenário atual de recessão da atividade econômica, que dificulta a geração de caixa das empresas. "As sucessivas elevações das taxas de juros aumentam as despesas financeiras das empresas, agravando a situação da solvência empresarial", diz, em nota, o Serasa.

Em relação aos pedidos de falência, nos primeiros seis meses do ano, foram realizados 798 em todo o país, representando um aumento de 0,8% em relação aos 792 requerimentos efetuados no mesmo período de 2014.

Dos 798 requerimentos de falência efetuados de janeiro a junho de 2015, 410 foram de micro e pequenas empresas (alta de 1,74% comparado ao mesmo período de 2014), 181 de médias empresas (recuo de 7,65% em relação a 2014) e 207 de grandes empresas (alta de 7,25% em relação a 2014)

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