Apesar da popularidade que as lojas virtuais de roupas e acessórios têm atualmente no Brasil, convencer fornecedores sobre a viabilidade do negócio ainda é um grande desafio a ser enfrentado pelo empresário do ramo.
::: Estadão PME nas redes sociais ::: :: Twitter :: :: Facebook :: :: Google + :: Segundo empreendedores reunidos na manhã de hoje para a nona edição do Estadão PME, que desta vez discute em São Paulo os rumos do mercado de moda no País, embora a categoria de vestuário lidere o número de pedidos realizados no comércio online, quem quiser faturar precisa se preparar para lidar com a desconfiança de parceiros estratégicos. "(No início,) a gente teve um grande trabalho de brand (marca) para demonstrar aos fornecedores que íamos cuidar bem dos produtos", afirmou Mariana Madeiros, que ao lado das sócias Rosana Saigh e Isabel Humberg lançou há seis anos o site OQVestir, negócio que mescla loja online a uma espécie de curadoria de moda. A empresária hoje conta com investimento de fundos de capital de risco internacionais e emprega 125 pessoas. Em 2015 ela se prepara para romper a casa dos R$ 100 milhões em faturamento anual. Uma realidade muito diferente das três outras convidadas a participar do debate, as sócias Barbara Diniz e Mariana Penazzo, do Dress & Go, e Samantha Fasolari, do Noiva na Nuvens. Elas ainda tocam empreendimentos novatos (Samantha lançou o seu e-commerce há 30 dias), mas relatam problemas parecidos. Para as sócias do Dress & Go, que aluga vestidos de marcas famosas, o desafio é fazer com o que a cliente confie na eficiência da operação sem provar o modelo antes. Um problema muito parecido com o de Samantha, que vende vestido de noiva pela internet. "Quando a menina vai casar, sua primeira preocupação é provar o vestido. O que estou lutando (para contornar o problema) é por entregar um vestido de muita qualidade e com preços mais baixos", afirma a fundadora do Noiva nas Nuvens.Camisetas. A onda de marcas especializadas em camisetas foi o mote para os debates do segundo módulo do evento. Três empresários do ramo participaram da discussão, Sandra Kempenich, da loja It's Only Rock'n Roll, Henrique West, da Siamese, e Eder Lima, fundador da marca Humor Chique. A importância da internet mais uma vez foi destacada, De acordo com o último relatório WebShoppers, realizado anualmente pela consultoria E-bit, 19% dos 88,3 milhões de pedidos em 2013 foram de roupas e acessórios no Brasil. "Eu acho que não importa o que você vai comercializar, sempre é preciso pensar na possibilidade de ter uma loja virtual, aconselhou Eder Lima. O planejamento antes e durante a condução do negócio é um ponto que, para Sandra Kempenich e Henrique West, vale a dedicação do empreendedor. "Mesmo que seja difícil se planejar, é importante. As pessoas precisam pensar nos piores e nos melhores cenários para que se consiga acertar um pouco do investimento inicial", afirma Sandra. A ideia com isso não é apenas evitar eventuais erros de gestão, mas também contratempos de marketing e posicionamento da empresa. "Hoje, no mercado da moda, se você errar uma estampa, você derruba uma marca", resume West.